New England Patriots Report: New England Patriots vs New York Jets

Marco Castro 28 de Dezembro de 2015 Análise Jogos NFL, NFL Comments
New England Patriots vs New York Jets

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New England Patriots vs New York Jets

New England Patriots vs New York Jets

Seria demasiado fácil dizer que os Patriots não jogaram nada e que perderam justamente o jogo de ontem com os Jets. No entanto, isso seria apenas dizer parte da verdade, esquecendo a incrível capacidade que esta equipa tem de fazer frente às adversidades, conseguindo resistir-lhes de forma heróica para se colocar em condições para vencer um poderoso adversário, que jogou na máxima força e em sua casa. À partida, já não havia Amendola nem Edelman (já para nem falar de Lewis ou Blount). Também não havia McCourty nem Chung e o Hightower que se equipou, estava claramente limitado. Já durante o jogo, os Pats perderam Sebastian Vollmer (que deve ter uma lesão grave na perna), perderam o seu substituto LaAdrian Waddle, perderam também Jordan Richards (o backup de McCourty) e ainda o cornerback Justin Coleman. Mesmo assim e numa partida onde nem o ataque, nem a defesa funcionaram (excepção feita respectivamente ao drive para touchdown no 4º período e ao fumble forçado para touchdown no 3ª período), os Patriots podiam ter saído do MetLife Stadium com uma vitória, não fosse a decisão arriscada e infeliz de Belichick em escolher chutar a bola no overtime, dando a primeira posse aos Jets, que aproveitaram a oferta com um touchdown que decidiu o jogo. É certo que o treinador dos Pats quis mostrar que confiava na sua defesa, acreditando que depois faria o field goal necessário para vencer, mas nada disso aconteceu. Falando o tempo regulamentar, pouco mais há a acrescentar. Sim os Patriots entraram em campo desfalcados e com a cabeça já nos playoffs. O ataque apenas conseguiu fazer 2 field goals e 1 touchdown (no último drive da partida, já em desespero para empatar). A defesa mostrou-se vulnerável contra o jogo corrido e nunca foi capaz nem de incomodar Fitzpatrick, nem de parar nem Decker, nem Thompkins, nem Marshall. Curiosamente, o melhor momento da defesa foi no fim do 4ª período, razão pela qual Belichick terá optado por “oferecer” a bola aos Jets no overtime. Em jeito de resumo, vitória justa dos Jets, mas uma derrota que em nada belisca as aspirações dos Patriots.

Homem do Jogo

Não existiu.

Pela Positiva

Keshawn Martin: Esteve muito consistente e conseguiu disfarçar as ausências de Edelman e Amendola. Fez 7 recepções em 11 possíveis, para 68 jardas.

James White: Parece-nos muito mais receiver do que running back. Ontem fez 5 recepções em 5 possíveis, para 28 jardas e 1 touchdown.

Tom Brady: Estava sem alguns dos seus alvos preferidos e esteve sempre muito exposto pela débil offensive line. No entanto, a forma como conduziu o drive final, é de hall of famer.

Jabaal Sheard: Foi ele que tirou a bola a Fitzpatrick, permitindo um touchdown que trouxe de volta os Patriots ao jogo.

Pela Negativa

Duron Harmon: Foi completamente batido por Brandon Marshall no touchdown que os Jets conseguiram no 3º período.

Logan Ryan: Foi outra das vítimas da grande exibição de Brandon Marshall, que conseguiu 8 recepções para 115 jardas e 2 touchdowns.

Josh McDaniels: Parece chegar ao final da temporada regular sem ideias para contornar a vaga de lesões no ataque. Ontem, a insistência num jogo corrido ineficaz foi desesperante, bem como a incapacidade de ter sucesso em situações de 3ª tentativa e 1 jarda.

Pensamento do Dia

Azia à parte, nada de pânico. Os Patriots “só” precisam de vencer os Dolphins em Miami para garantirem a home-field advantage nos playoffs, sabendo-se que já estão a guardar alguns dos seus jogadores mais importantes para os jogos decisivos de Janeiro. Além disso, já têm garantida uma preciosa folga que lhes permitirá recuperar melhor alguns dos seus jogadores lesionados e também preparar com mais tempo o adversário da Final Divisional. Ou seja, os Patriots não são menos candidatos ao Super Bowl 50 por terem perdido no overtime com os Jets, nem seriam mais candidatos se tivessem vencido. Estariam apenas mais descansados e poderiam folgar quase todos os titulares no jogo do próximo Domingo, com os Dolphins.

Artigo publicado originalmente na página de Facebook Patriots Portugal

About The Author

Marco Castro

Cheguei ao Futebol Americano em 2006. Estava de férias em New Bedford, estado de Massachusetts, quando perguntei a um amigo meu aqui emigrado que me explicasse as regras deste jogo. Perguntei-lhe também qual a equipa dele e como nesta matéria estava a zeros, optei por seguir o seu conselho e dar mais atenção a uns tais de Patriots. No regresso a Portugal, consumei este namoro muito graças ao NASN (mais tarde ESPN America), o canal de desporto americano que existia na TV por cabo. Lembro-me de achar "cool" esses tais de Patriots, com os seus capacetes e calças prateadas e lembro-me igualmente de começar a investigar um pouco mais sobre um certo Tom Brady. Hoje em dia sou um Patriota fanático, (aliás, criei e faço a gestão da página de Facebook Patriots Portugal www.facebook.com/patriotsportugal), coleccionador de todo o tipo de merchandising desta equipa e acima de tudo, sofredor Domingo após Domingo, em frente à televisão, colado ao Gamepass (melhor invenção do homem, depois da roda). No trabalho e entre amigos, sou um pouco visto como "lá vem este com o futebol americano só porque foi aos Estados Unidos". Vivo bem com isso. Aliás, tento explicar-lhes "há mais táctica e estratégia neste jogo, do que nas outras modalidades todas juntas" e acrescento "é um jogo espectacularmente justo". Nada os demove a eles, mas também nada me demove a mim! Razão pela qual continuarei a alimentar esta minha paixão Patriota e o sonho de um dia, assistir a um jogo em pleno Gillette Stadium (já lá estive, mas o preço dos bilhetes adiou-me a sua concretização). Se num destes dias os Patriots vencerem o 5º SuperBowl, já sabem, podem encontrar-me a festejar (provavelmente sozinho, ou talvez não) em pleno Marquês de Pombal!