Preseason Games Recap – Week 1
Já temos a acção em campo, finamente. É inofensiva, com a maioria dos jogadores titulares a serem poupados, mas é futebol. Após um longo interregnos, ei-lo de volta. Os jogos da preseason servem para muita coisa, mas essencialmente são um palco privilegiado para avaliar jogadores, quer falemos de meros backups com necessidade de snaps para reforçarem a confiança, ou de undrafted rookies à procura de um lugar no roster. Eis alguns dos pontos mais importantes do que aconteceu na noite de 5ª feira:
New Orleans at Baltimore
A vitória dos Ravens, sobre os Saints, por 30-27, teve um cheirinho de jogo a sério. Pelo menos, nos últimos minutos, quando o campo era povoado por third stringers e undrafted rookies. Os Saints passaram para a frente do marcador numa drive bem conduzida por Garrett Grayson, o rookie quarterback eleito pela franquia de Nova Orleães no último draft. A resposta dos Ravens, com o relógio a escoar os segundos, teve algum dramatismo e dose de big plays. Primeiro, com Maxx Williams, o rookie TE, numa catch and run poderosa. Depois, na red zone, com Bryn Renner, um dos QBs backups, a finalizar a jogada com um TD corrido, a 2 segundos do final. De resto, a maioria dos titulares não se estreou, poupados para outras aventuras. Joe Flacco jogou uma drive e mostrou o seu atleticismo, numa corrida de 19 jardas. Nos Saints, Khiry Robinson foi o mais destacado elemento no ataque. O running back conseguiu 35 jardas no solo, em apenas 2 corridas, mostrando a sua polivalência ao anotar 3 recepções, para mais 37 jardas e um TD. Já que falamos de jogo aéreo, decorem o nome de Michael Campanaro, wide receiver dos Ravens. Já cá andou, no ano passado, mas tapado na depth chart. Como, nestes casos, há que mostrar valor nas poucas oportunidades dadas, ele tratou de cimentar o seu status no roster. Duas recepções, 58 jardas e um TD, numa bela rota seguida, mostrando óptimas mãos.
New York at Detroit
Os Lions receberam os Jets, a quem despacharam por esclarecedores 23-3. A franquia de Detroit aproveitou a célebre escaramuça no balneário dos verdes de Nova Iorque para fazerem humor com a situação. À menção do nome de Geno Smith, nos microfones, como estando inactivo, seguiu-se a música “I can't feel my face”. O pobre do quarterback não tem sossego. No campo, o ataque dos Lions mostrou estar pronto para o começo da temporada, com Matthew Stafford a encontrar Golden Tate para o 1º TD do jogo, logo na drive de abertura. Uma bela rota do receiver, saindo do slot, culminada com facilidade depois da recepção e fuga. O jogo corrido tinha a curiosidade de ver como se sairia Ameer Abdullah, o rookie eleito para substituir Reggie Bush. O ex-jogador de Nebraska não decepcionou, correndo de forma forte e não se furtando aos tackles. Óptimas corridas e 67 jardas ganhas (em 7 snaps). Deixou água na boca. O resto do tempo, dedicado à 2ª e 3ª unidade do ataque, mostrou que existe alguma profundidade no plantel. Kellem Moore teve bons momentos, em substituição de Stafford, e Greg Salas obteve um TD excelente, numa recepção em queda, finalizando o jogo como o elemento mais prolífico em campo. 5 recepções e 92 jardas. Não foi possível ver ainda qual o impacto da saída de Ndamukong Suh, dado que Haloti Ngata não jogou, mas a defesa permitiu algumas liberdades a Chris Ivory. O ataque dos Jets foi quase incipiente, quer com Ryan Fitzpatrick a titular, quer com o rookie Bryce Petty.
Washington at Cleveland
Os Browns receberam, e perderam, com os Redskins, por 20-17, num jogo que teve alguns apontamentos interessantes, no meio da monotonia. Josh McCown mostrou o porquê de merecer a confiança de Mike Pettine e teve uma drive inicial excelente, com várias conexões com Brian Hartline, Taylor Benjamin e Taylor Gabriel. A jogada terminou num belo lançamento, para a end zone, que Benjamin transformou num touchdown. Maduro e confiante, McCown liderou o ataque sem titubear, parecendo ser o homem certo para o início da regular season. Se isso se passa no jogo aéreo, no corrido as dúvidas continuam a avolumar-se- O elemento mais destacado no solo foi…Johnny Manziel, o que diz tudo sobre as oportunidades perdidas por Isaiah Crowell, Terrance West e Cª. Não admira que o staff técnico equacione o nome de Ray Rice para reforçar a unidade. Já que se fala de Johnny Football, e não querendo ser precipitado nas conclusões, o quarterback parece mais maduro e confiante. Algo prejudicado por jogar essencialmente com a 2ª unidade, conseguiu vários passes interessantes, permanecendo no pocket até ao limite e não se refugiando na corrida e nos seus números de ilusionismo. O ponto alto do seu jogo veio na leitura perfeita da defesa dos Skins, com o QB a aproveitar o território livre à sua frente, no pós snap, para um scramble de 11 jardas até ao touchdown. A defesa acumulou alguns erros grosseiros, em especial Paul Kruger e Scott Solomon que, com tackles falhados, permitiram grandes ganhos a Alfred Morris. Na frente da DL notou-se a presença maciça de Danny Shelton, o rookie NT, que foi instrumental em 3 jogadas seguidas, não permitindo qualquer ganho ao ataque contrário. Se Shelton brilhou, o inverso pode ser dito de Justin Gilbert. O cornerback, eleito no 1º round do draft de 2014, tarda em conseguir impôr-se na equipa. Desta feita, jogando no posto de Joe Haden (ausente), mostrou enormes dificuldades em acompanhar Pierre Garçon, tendo sido batido várias vezes pelo receiver. Nos Redskins, RG3 foi usado escassamente, sem nada de brilhante a enfatizar. O show foi roubado por Kirk Cousins, que conseguiu algumas big plays e mostrou uma empatia excelente com Andre Roberts. O wide receiver parece querer reivindicar o lugar deixado vago por DeSean Jackson, lesionado. 4 recepções, 71 jardas e alguns momentos empolgantes. O jogo corrido continua a ser o feudo de Alfred Morris, com Matt Jones a mostrar que pode ser uma alternativa válida para seu backup. 38 jardas em meras 5 corridas e muita disponibilidade física. Resta destacar o bom momento de forma de Kai Forbath, com o kicker a não enjeitar a oportunidade de marcar os seus dois field goals, um deles de 52 jardas.
Dallas at San Diego
Os Cowboys foram até San Diego, tal como na preseason passada, e voltaram a sair derrotados, desta feita por 17-7. O resultado, para os Cowboys, mostrou ser mesmo o menos importante, jogando maioritariamente com as suas reservas, mesmo quando os Chargers tinham os titulares em campo. De positivo há a destacar a presença no jogo corrido de Gus Johnson, literalmente um miúdo que aterrou no training camp à procura duma oportunidade. Com a unidade em falta do RB alfa, após a saída de DeMarco Murray, Gus tem vindo a somar alguns pontos. O momento mais alto no jogo com os Chargers foi o seu TD, obtido num esforço tremendo, empurrando vários adversários até conseguir entrar na end zone. A OL mostrou que continua com os mesmos predicados intactos, absorvendo o talento de La'el Collins. Na substituição de Romo jogaram Brandon Weeden, com um fumble na jogada inicial, e Dustin Vaughn, com alguns bons momentos a movimentar o ataque. Nos Chargers, a grande curiosidade residia em ver a estreia de Melvin Gordon, o mais que provável detentor do lugar de running back na equipa principal. O rookie foi uma desilusão, se bem que esse sentimento tenha que ser contido, face ao estado prematuro da temporada. Gordon nunca mostrou a sua exuberância, na corrida, característica vincada no college, correndo apenas 11 jardas, com uma medíocre média de 1,8 jardas por corrida. Quem aproveitou este eclipse para reivindicar o seu quinhão de oportunidade foi Branden Oliver, o jogador que liderou as jardas corridas na equipa, em 2014. Oliver foi precioso no solo, com 53 jardas e um TD. No geral, bom jogo na defesa do CB Craig Mager, com uma série de tackles e um pass breakup e de Kyle Emanuel, com um óptimo sack e um fumble provocado. Nos Cowboys, Randy Gregory estreou-se igualmente no quesito dos sacks, obtendo o seu, enquanto no ataque Gavin Escobar foi um elemento activo e útil.
Os Outros Jogos
Quanto ao restantes jogos, teremos uma análise pormenorizada do embate mediático entre os Packers e os Patriots, enquanto os Miami Dolphins perderam contra os Chicago Bears (jogo não acompanhado aqui pelo escriba). Pelo que li, exibição sólida de Ryan Tannehill, comprovando os óptimos indicadores do training camp.
E vocês aí desse lado, viram algum jogo? Quem mais vos impressionou?