Draft Rewind: NFC West
Vamos meter-nos numa máquina do tempo. Agora que a offseason nos traz a todos aborrecidos, ansiando pela abertura do mercado de free agents e do draft, é a altura ideal para relembrar acontecimentos passados. Numa análise sumária, inspirada numa série efectuada por um site especializado (espn.go.com), pretende-se abordar o sucesso e o seu oposto, num espasmo de 5 anos, nas escolhas efectuadas pelos clubes no draft, esse viveiro de talento, qualidade e, em alguns casos, de fracassos.
Seattle Seahawks
Melhor escolha: Russell Wilson, QB, escolhido na 3º ronda de 2012
Ligando o modo rebuilding em 2010, os Seahawks rapidamente colheram frutos da aposta na juventude, optando por criar condições perenes para o futuro, em detrimento do crescimento mais rápido, mas fugaz, que o mercado de free agents concede. Com um roster extremamente jovem, o talento individual tem sido moldado de forma hábil para servir o colectivo. Russell Wilson foi uma revelação, inesperada até para os próprios responsáveis do clube, que tinham apostado em Matt Flynn, resgatado aos Packers, para conduzir o ataque nos tempos mais próximos. Wilson, catalogado como undersized pela maioria dos scouts, soube contornar as aparentes limitações para se tornar num fenómeno consistente, dando um tom empolgante ao ataque dos Seahawks. Nenhum rookie, escolhido na 3ª ronda, teve tanto impacto na história dos Seahawks como Wilson. Ele tornou-se igualmente o primeiro QB draftado pela equipa a ter sucesso. Nenhum dos seus 15 antecessores (Mike Teel, David Greene, Seneca Wallace, Jeff Kelly, Josh Booty, Brock Huard, Rick Mirer, Dan McGwire, John Gromos, Sammy Garza, David Norrie, John Conner, Sam Adkins, Steve Myer and Chris Rowland) conseguiu uma centelha de êxito, comparável à do rookie que lançou/correu para 26 TDs e levou a equipa à 2ª ronda dos playoffs.
Pior escolha: Aaron Curry, LB, escolhido na 1ª ronda de 2009
Escolhendo na 4ª posição, em 2009, os Seahawks pensavam que Curry era uma “sure thing”, capaz de liderar na defesa a reconstrução encetada pela equipa. Puro engano. Curry foi uma fraude, que impediu os Seahawks de gastarem essa first round pick em, por exemplo, Brian Orakpo (escolhido nesse draft pelos Redskins, em 13º). Ou Brian Cushing (eleito pelos Texans na 15ª posição). Ou, ainda, em Clay Matthews, que os Packers escolheram com a 26ª pick. Em 2 anos, Curry coleccionou 5 sacks, 4 fumbles forçados, nos 30 jogos que disputou. Foi o suficiente para os Seahawks, terminado o contrato inicial, o enviarem para Oakland.
Na corda bamba: James Carpenter, OT/OG, escolhido na 1ª ronda de 2011
Abriu bocas de espanto quando o nome foi anunciado. Carpenter, um prospect destinado a sair no 2º dia do draft, entre o round 3 a 5, foi escolhido pelos Seahawks na abertura do dia inicial, quando se pensava que a franquia optaria pela aposta num QB (Andy Dalton). Carpenter nunca correspondeu às expectativas iniciais, revelando-se poroso no pass protection, como right tackle. Depois duma lesão com alguma gravidade no joelho, a equipa optou por mudá-lo de posto, passando para left guard, jogando bem ao lado de Russell Okung. Se a intenção era óbvia, concedendo-lhe um porto de abrigo ao lado do seguro Okung, as sequelas da lesão no joelho fizeram-se sentir, com Carpenter incapaz de ser consistente. 2013 será o ano do veredicto final.





