NFL Preseason 2016: Week 1 – parte 2
Trey Flowers, DE | New England Patriots
Os jogos de preseason são o território ideal para os rookies brilharem. É-lhes dado o palco, estendida a passadeira e, depois duma palmadinha nas costas, provavelmente um conselho sussurrado ao ouvido: “vai lá para dentro e mostra o que vales”. Foi o que fez Flowers, que os Patriots “caçaram” no recente draft, no 4º round. Um DE explosivo, com carreira colegial feita em Arkansas, aproveitou os snaps dados e…brilhou. Bastante. Juntamente com Jaball Sheard, dominou a OL dos Saints, coleccionando espólios: um hit, um sack, um forced fumble, que ele próprio se encarregou de recuperar e retornar para touchdown.
Owa Odighizuwa, DE | New York Giants
Relegado, com a chegada na free agency de Olivier Vernon, para um papel secundário, o defensive end de nome quase impronunciável procura, nestes jogos, mostrar que é uma opção válida para a rotatividade esperada no front seven. A entrar no seu 2º ano, Owa foi poderoso, quando chamado à acção, espalhando o caos na OL dos Dolphins e conquistando 2 sacks e mostrando polivalência, ao ser integrado na formação nickel, onde mostrou capacidade para ser disruptivo pelo interior da linha. Os Giants podem ter descoberto o seu 3º pass rusher, atrás de Jason Pierre-Paul e o já referido Vernon.
Jakeem Grant, WR | Miami Dolphins
Ser escolhido no draft não dá garantias a ninguém de permanecer no roster, sobretudo se a escolha tiver sido efectuada num dos últimos rounds. Foi o que aconteceu a Grant, um receiver com bons números vindo de Texas Tech, eleito no round 6 mas claramente na corda bamba, por vários motivos. O primeiro é a profundidade existente na unidade, com Jarvis Landry, Devante Parker e Kenny Stills a terem lugar cativo e a deixarem, provavelmente, apenas dois slots abertos. E a concorrência é muita e com valor (Leonte Carroo, Matt Hazel, Griff Whalen e mais um punhado de rookies e undrafted players), obrigando a um aprumo exibicional. E, nesse quesito, Grant resvalou no training camp, notado pelos drops em bolas aparentemente fáceis e em dois muffed punts. Para alguém à procura de afirmação, o acumular de erros deixou-o numa virtual lista negra. Mas Grant provou, pelo menos neste jogo, que pode viver para as expectativas. Contra os Giants foi um dínamo, o principal alvo do ataque, com 4 recepções e 68 jardas, a que juntou mais 113, no special team. Não lhe garantiu um lugar, mas ajudou a dissipar dúvidas. Até ao próximo teste.
George Atkinson III, RB | Oakland Raiders
Como sobreviver à luta sem quartel por um lugar nos 53 eleitos finais? Simples. Dando show, quando se tem oportunidade. O backfield dos Raiders tem dono. Latavius Murray é o incontestado titular no jogo corrido, numa unidade que conta com o elusivo Taiwan Jones e com o fullback Marcel Reece, uma espécie de faz-tudo. A vida de Atkinson, na NFL, não tem sido fácil, desde que entrou no draft de 2014. O jogador de Notre Dame tem entrado e saído (via waivers) do roster, passando pela practice squad. Sabe, por isso, quão importante é marcar pontos. Contra os Cardinals, fê-lo literalmente, com dois touchdowns brilhantes, marcados em longas corridas (35 e 53 jardas), acabando com notáveis 97 jardas em apenas 5 corridas. Se a velocidade e a capacidade de quebrar tackles do jogador nunca estiveram em casa, é a sua durabilidade e regularidade que estão em causa. Será ele capaz de manter o ritmo de produção?