Top 10 Melhores Tight Ends da NFL de 2013
1. Jimmy Graham, New Orleans Saints
É o melhor tight end da actualidade? Não sei. Foi o melhor em 2013. Isso é um facto. Ou talvez não, conforme o que cada treinador e respectivo esquema táctico requererem. Por exemplo, Mike Martz, que foi coordenador ofensivo de inúmeras equipas (expoente máximo nos Rams apelidados de The Greatest Show on Turf), gostava dos big bodies dos tight ends apenas e só para complemento da linha ofensiva, usando o corpanzil para intrincados esquemas de bloqueios. Whatever. Actualmente – e quase unanimemente – os tight ends são usados como armas letais, na red e end zone, obrigando a mismatchs com linebackers e safeties impotentes para os cobrirem. Aí, Jimmy Graham é espantoso. Melhorou no quesito drops, deixando o fundo da tabela (em 2012 foi o TE com maior número de drops), até aos míseros 6 que teve em 2013. Os seus 6’7’’ tornam-no difícil de marcar, sobretudo porque é um excelente route-runner e possui velocidade acima da média (para um TE) que lhe permite aparecer quase sempre liberto. Só não lhe peçam uma coisa: que seja um blocker efectivo. Não é.
2. Rob Gronkowski, New England Patriots
Este rapazinho pode ser enorme. Uma verdadeira força da natureza, mais parecendo um comboio desgovernado, sempre em alta rotação, tem padecido de inúmeros problemas físicos que o têm atrasado na completa exposição das suas habilidades. Antes que comecem a perguntar “mas que raio, não estamos a falar dos melhores na posição em 2013?”, respondo laconicamente que “sim, mas…”. Gronk pode não ter jogado muito, pelos problemas físicos enumerados, mas o seu potencial e, sobretudo, a dependência dos Patriots em relação a si, tornam-no indispensável. E, acima de tudo, se me dessem a escolher qual o TE que elegeria para a minha equipa (com Jimmy Graham fora da equação), a resposta era esta. Gronk sobre todos os outros. Apesar de tudo. Melhor blocker do que Graham, não lhe fica a dever nada nos outros aspectos do jogo. Excelente igualmente nas rotas escolhidos, possui a mistura calibrada de velocidade, agilidade e tamanho que o levam a conseguir consistentes separações dos defensores. Só lhe falta uma coisa, para ser perfeito: ficar saudável.
3. Vernon Davis, S.Francisco 49ers
Um veterano, quando comparado com os dois jogadores que o precedem na lista, que continua com as faculdades intactas. Davis é um atleta explosivo, que viu a produção aumentar exponencialmente em 2013, quando Colin Kaepernick foi obrigado a socorrer-se da sua experiência para colmatar a falta de Michael Crabtree. 13 touchdowns são o pecúlio amealhado, mostrando enorme consistência, uma mentalidade temerária e um controlo corporal soberbo, que o levam a ter recepções que parecem impossívels. Melhor blocker do que Graham e Gronk, é provavelmente o tight end mais rápido, explodindo na linha e acelerando na rota escolhida. É um jogador importantíssimo dos 49ers.
4. Jason Witten, Dallas Cowboys
Outro veterano, ainda dentro do prazo de validade e a válvula de escape de Tony Romo, que sabe possuir no seu tight end um alvo confiável. Witten é consistente e durável, jogando sempre, independentemente da condição física, mantendo uma produção assinalável nas suas 11 temporadas. É um blocker inteligente e duro, capaz de suster pass rushers agressivos. Raramente é usado no pass protector, mas apresenta enorme utilidade como ajudante no run game. Jogador bastante técnico, sobressai no centro do campo, onde estabeleceu o seu domínio. Não é um exemplo a nível de velocidade, mas mesmo assim possui capacidade para se distanciar dos defensores.
5. Julius Thomas, Denver Broncos
ma enorme surpresa em 2013 e claramente um dos jogadores que mais evoluiu. De 2012, onde não registou uma única recepção, até 2013, que terminou com 12 touchdowns, vai uma diferença abissal. Extremamente atlético, tem uns braços longos, que lhe permitem um raio de captura da bola enorme. Foi usado no meio, desafiando os defesas e maioritariamente na red zone, transformado num dos alvos predilectos de Peyton Manning. Ex-jogador de basquetebol, é dotado de enorme agilidade e percebe as noções de ocupação de espaço. O único senão no seu jogo é a fraca capacidade como blocker.É uma das maiores dores de cabeça dos coordenadores contrários, que procuram um matchup favorável para o conseguirem travar. .
6. Greg Olsen, Carolina Panthers
Uma excelente arma de ataque, com capacidade atlética, rapidez e excelente tempo de salto que o tornam uma ameaça efectiva como receiver. Tal como a maioria dos integrantes desta lista, Olsen não é um blocker primário, daqueles que possam ser usados de forma confiável na OL. Faz, quando isso lhe é pedido, o seu trabalho, mas é habitual ser “engolido” pelos defensores. Como route-runner não deve nada a ninguém, preciso e técnico nas mudanças de direcção e nos cuts, conseguindo sobressair sobretudo nas rotas pelo meio. Em 2013 conseguiu o máximo de carreira, com 73 recepções, provando o quão valioso se tornou para Cameron Newton. É um falso lento, com as suas 250 pounds a enganarem quem o tem que defender. Possuí um excelente arranque, a partir do scrimmage.
7. Jordan Cameron, Cleveland Browns
Uma revelação, em 2013, na sua 4ª temporada, tendo-se tornado rapidamente um dos preferidos dos jogadores de fantasy, pela sua produção elevada inicial. Bastante atlético, com um excelente raio de acção, ataca a bola facilmente no ponto mais alto, batendo sistematicamente os defesas. Bastante jovem, deixa a promessa de evolução contínua, que o podem levar a um patamar ainda mais alto, a nível exibicional. Foi usado numa variedade de rotas e posições, quer no meio, onde o tráfego é maior, quer na red zone. Usado pelos Browns primariamente como receiver, quer no slot quer em movimento, não teve participação efectiva como blocker. Bebendo da influência de Norv Turner, enquanto coordenador, teve uma explosão competitiva surpreendente, sendo várias vezes, com o decorrer da temporada, alvo de dupla marcação. Mesmo assim, Cameron conseguiu encontrar formas de separação, batendo a cobertura. É um dos nomes a acompanhar, em 2014, num estilo muito semelhante ao de Jimmy Graham a jogar.
8. Martellus Bennett, Chicago Bears
Uma espécie de saltimbanco, nos últimos anos, Bennett foi uma das primeiras transições de jogadores de basquetebol para a posição de tight end. 2013 foi provavelmente a temporada em que a sua produção foi mais consistente e com impacto no jogo dos Bears. Quer com Cutler, quer com McCown, Bennett mostrou ser uma peça importante no jogo de passe, pouco usado em situações como blocker (função que ele desempenhou de forma exemplar, em épocas anteriores). O seu tamanho e rapidez tornam-no imparável no open space. Na red zone é uma figura assustadora para os adversários (os Vikings que o digam, perdendo nos instantes finais em Chicago, após uma recepção espantosa do TE). A temporada transacta figurará no seu currículo como uma das melhores. Obteve, para já, o máximo de carreira em recepções, com 65.
9. Tony Gonzalez, Atlanta Falcons
Tony Gonzalez dispensa apresentações. Exemplo de profissionalismo e dedicação, Gonzalez despede-se da NFL, ao fim de 17 temporadas, ainda com a maior parte das faculdades intactas. Futuro Hall of Famer, sempre foi bastante atlético e concentrado, com os seus 6’5’’ e as grandes mãos a permitirem-lhe efectuar todo o tipo de recepções. No ocaso da sua carreira, não contribuía como blocker, nem isso lhe era exigido. Exímio route-runner, produziu sempre de forma consistente, saindo da competição como um modelo, que deve ser copiado pelos neófitos que agora procuram a glória.
10. Kyle Rudolph, Minnesota Vikings/Charles Clay, Miami Dolphins
Rudolph é uma escolha preferencialista. Não pensavam que ia fazer um top-10 na posição e deixava os Vikings de fora, pois não? Tecnicamente, ele não devia constar nesta lista. Point taken. A lesão que sofreu fê-lo perder a maior parte da temporada de 2013, não contribuindo para o jogo da franquia de Minnesota. O que foi uma pena, depois das excelentes indicações de 2012. Rudolph tem um potencial enorme e todas as ferramentas físicas para se assumir como uma referência no jogo aéreo. Enorme (6’6’’) e forte, é ainda muito inexperiente nos intrincados esquemas de bloqueios, pouco auxiliando a OL nesse aspecto. Com óptimas mãos e conhecedor das rotas, faz dessa característica a arma principal para vencer duelos, quando não consegue distanciamento dos defesas. Pode emergir, rapidamente, como um dos grandes nomes na posição, sobretudo agora que conta com Norv Turner como coordenador (e Turner moldou Antonio Gates e Jordan Cameron). Charles Clay, por sua vez, deixou água na boca pelo que realizou em 2013. Bastante versátil, mesmo não possuindo a altura padrão para a posição (mede 6’3’’), alinha numa variedade de posições, inclusive a fullback. Tem evoluído na segurança, diminuindo o número de drops e é um excelente blocker em movimento (características herdadas como fullback), conseguindo chegar muitas vezes ao chamado segundo nível, pavimentando o caminho para o running back. Terá, agora que se assume como um legítimo TE, que aperfeiçoar os bloqueios na OL, mais estático. Foi uma agradável surpresa, sobretudo pela velocidade que demonstrou e pela variedade de posições em que alinhou (e se sentia confortável), desde o slot, passando pelo backfield. Pode estar perto duma breakout season.