AFC South: Quem Tem Algo a Provar?
A AFC South, tal como todas as outras divisões, possui o seu quinhão de histórias interessantes, a acompanhar em ritmo de novela durante a temporada de 2013. Dramas pessoais, histórias de superação, enfant terrible e a habitual dose de talento desperdiçado. Numa competição com 32 equipas e rosters de 53 elementos, é uma tarefa hercúlea acompanhar o vertiginoso ritmo de notícias e acontecimentos que, diariamente, fazem parangonas em jornais e sites da especialidade. Aqui ficam apenas 4 exemplos de guiões que ainda não estão totalmente escritos. Falta-lhes o final. E esse poderá não ser feliz, para algumas das personagens abaixo mencionadas…
Houston Texans
O running back Ben Tate vai jogar para um contrato. Ser backup de Arian Foster não é fácil. Muito mais difícil se torna quando o titular do posto é a estrela da companhia, já com uma extensão contratual a prendê-lo, num casamento de longo termo. O que sobra para Tate? Pouco. Mendigando tempo de jogo, terá que fazer muito nos parcos minutos/snaps de que beneficiará, com a temporada a ser crucial para a definição do seu futuro. Tate tem alguma apetência a romper tackles, mas não funciona tão bem fora do backfield como Foster. Os Texans podem, no entanto, presenteá-lo com um novo contrato, mais como medida de segurança/garantia, do que por necessidade. Tate sabe que, por isso, a sua produção terá que ser substancialmente apetecível, para atrair atenções de outros clubes, num mercado onde os running backs perderam vantagem negocial nos últimos anos.
Indianapolis Colts
Vontae Davis, irmão mais novo de Vernon Davis, icónico tight end dos 49ers, tem tardado a demonstrar os predicados que possui. Eterna promessa adiada, nos Dolphins, foi despachado para Indianápolis, em troca duma pick de 2º round. Nos Colts, Davis conseguiu ser consistente, tornando-se um elemento fulcral na secundária, mas longe de possuir ainda o estatuto de estrela, capaz de atrair milhões numa renovação de contrato. Também aqui Vontae Davis joga uma cartada importante, quiçá decisiva, no seu futuro. A presença madura de Chuck Pagano será importante na aprendizagem de Davis. Uma boa temporada, mantendo a bitola exibicional dos seus últimos jogos de 2012/13, fará com que ele se torne uma hot commodity no mercado de free agents, em 2014.
Jacksonville Jaguars
Maurice Jones-Drew é o melhor jogador dos Jaguars, certo? Sim. E um sim peremptório, se nos recordarmos das exibições portentosas de 2011, quando ele sozinho carregava os esforços atacantes da equipa. O resultado, não traduzível em vitórias pela mediocridade que imperava ao seu lado, permitiu pelo menos a obtenção do respeito dos fãs e a ascensão na tabela dos melhores running backs. Mas 2012 não lhe correu de feição, começando com um holdout exigindo uma revisão salarial, até terminar numa arreliadora lesão no pé, que abrandou o seu ritmo. Entre 2009/11 MJD teve uma média anual de 318 corridas. Um verdadeiro cavalo de batalha, nunca virando a cara à luta. Esta será uma época crucial. Com 28 anos, caminha para o estigma colado aos running backs, que vêem a sua produção decrescer, quando atingem a casa dos 30. Uma temporada similar a 2011 fará os Jaguars salivar pela sua manutenção no roster. E colocará as outras 31 franquias à espreita, no sempre apetecível período de contratações de jogadores livres.
Tennessee Titans
Com um talento ímpar, mas possuindo uma personalidade problemática, Kenny Britt corre o risco de desaparecer rapidamente do imaginário do adepto casual da NFL. Considerado uma ameaça dinâmica, dentro de campo, raramente tem produzido de acordo com o expectável. A única coisa que os Titans têm recebido são contínuas dores de cabeça, seja por lesões ou por problemas extra-campo. Britt recebeu já um aviso subliminar. Os Titans escolheram, em 2012 e 2013, dois receivers no draft. Kendall Wright e Justin Hunter provam que os Titans estão aptos para uma vida futura sem Britt. Este está assim acossado, com a sua produção em 2013 a decidir se fica ou sai…pela porta pequena.