AFWB Rio: Ainda Não Acredito no que Vivi
Mais calmo, mas ainda em estado de graças pelo melhor fim de semana da minha vida.
Todo mundo tem uma banda favorita, um cantor que ama ou até um atleta que gosta muito. Eu tive a honra, o prazer, a sorte de estar perto dos jogadores que eu admiro pela televisão.
Quando soube do camp AFWB (American Football Without Barriers) foi um misto de alegria, ansiedade e emoção, realmente era a maior oportunidade da minha vida, quando relacionada a NFL.
Consegui credencial de imprensa, conversar exclusivamente com DeAngelo Williams, Maikon Bonani e Gary Barnidge. Vendo Okung, Cameron, Mingo, Bademosi, Brohm e outros bem de perto eu tivemos a noção de quão monstruosos eles são e que o nível do jogo é alto graças a eles.
No sábado, primeiro dia do camp, a expectativa ficou por conta de ver Marshawn Lynch. Logo quando ele chegou, já grudei nele para que eu tivesse uma foto com o running back mais legal da atualidade. Se você imagina que ele seja monstruoso, não viu o que eu vi. Em um treinamento de mudança de direção, eu estava pouco mais de um metro de distância do camisa 24, quando ele deu duas passadas rápidas, eu juro, o chão tremeu. Tenho testemunhas.
A magia que estava em torno daquele momento era de outro planeta, custo a acreditar que tomei um empurrão do Lynch, conversei com DeAngelo Williams, falei pro Jordan Cameron que ele é o melhor TE da liga (exagerei, mas ele tem tudo pra ser).
Bademosi é um dos caras mais engraçados que tinha, fez um motivacional no melhor estilo Ray Lewis, me senti por alguns segundos em um huddle de pré-jogo da NFL. Definitavamente o jogador que mais gostei foi o Barkevious Mingo, conversamos bastante e eu nunca vou cansar de dizer o quanto eu gostei de ficar perto desse cara. Aprendi muito sobre OLB em apenas três minutos, descobri que para ser um jogador de primeira rodada não é necessário esse “amor pelo tackle”, o jogo não é só isso.
Causei polêmica com o Golden Tate, perguntei o que ele achava sobre a Fail Mary, jogada que pode ser considerado o maior erro de arbitragem da história da NFL. Tate sorria, quando eu perguntei, ele fechou a cara e disse: “Uma grande recepção, um touchdown, um game-winner.”, lembrando que ele dava a resposta colocando o dedo no meu peito, fiquei com medo, confesso.
Jordan Cameron me passou uma simpatia sem tamanho, me mostrou que será o novo Tom Brady, no melhor estilo “bonitão que joga muito”. Quando eu falava com o Mingo pedi que ele dissesse ao Cameron que meu sonho era fazer um mano a mano com o camisa 84. Ele chamou Jordan e disse: “Jordan, o sonho do menino é fazer um man cover com você.” Jordan olhou pra mim e respondeu: “Nice dream.” Fiquei estagnado e esperando ele dizer mais alguma coisa, mas nada aconteceu, muito triste.
Ouvi nos bastidores que eles têm vontade de trazer a AFWB para o Brasil novamente, e também ouvi um rumor de jogo de exibição, sem qualquer vínculo com pré-temporada ou temporada regular da NFL.
Um cara que pode surgir bem em Seattle é Cooper Helfet, ele mostra que tem conhecimento e que é esforçado demais, sempre se exige o melhor.
Agradeço a organização pela maneira que tratou a imprensa, aos jogadores que vieram, por fazer do meu fim de semana e de muitos outros o melhor de suas vidas. Que isso se repita, futebol americano é a única coisa do mundo que em excesso não faz mal.