NFC West: Power Rankings
UFA… nunca mais começa! Até ao início da regular season na primeira semana de Setembro falta muito tempo. O pior é que quanto mais perto estamos parece que mais devagar o tempo passa. Depois de pensar bastante e com o objectivo de aguçar mais o apetite e acima de tudo para ajudar a passar o tempo. Creio que não há nada melhor do que lançarmos-nos sem rede no principal passatempo nacional dentro destes tempos incertos onde todos navegamos: i.e.: A adivinhação e especulação.
O Desafio: Vamos versar sobre quem vai ficar em primeiro em cada divisão e consequentemente vai passar aos playoffs. Vamos fazer um chamado bolão ou melhor um Futebolão Americano. Mesmo num exercício destes que tem tanto de divertido como de fútil vamos tentar seguir algumas regras: De base vamos publicar o lugar em que cada equipa ocupa nos actuais Power Rankings da NFL e de seguida uma pequena analise sobre os pontos fortes e fracos de cada equipa a sustentar as projecções desenhadas.
Assim o desafio está lançado! Resta apenas dizer que as projecções são da inteira responsabilidade de quem as faz e neste ponto assumo-me como culpado. E como estamos a falar de uma opinião (que quero acreditar que é fundamentada), mas é apenas uma opinião que ainda mais é toldada pelo fervor clubista de um Seahawk, fica aberto o desafio para a discussão e merecidas correcções.
Das cerca de 9 a 10 semanas que penosamente faltam para que se inicie a liga. Vamos ver se nos entretemos com isto com uma divisão por semana. Começo a jogar em casa com a NFC West. Que é de resto assumida em consenso como a divisão mais forte da liga este ano.
Seatlle Seahawks: O Nascimento de uma Dinastia?
Power Ranking NFL: 1º em 32 Equipas
A já muito forte defesa dos Seattle Seahawks acabou por se reforçar na posição que lhe custou o ano passado um lugar na final da NFC quando não conseguiram parar Matt Ryan no drive final que deu a vitória aos Atlanta Falcons nos últimos segundos do jogo. Para este lugar entraram 2 pass rushers de elite (Cliff Avril e Michael Benett) ocupando a posição de um Chris Clemons a sair de uma grave lesão e a envelhecer e de um Bruce Irwin suspenso 4 jogos por PED issues/doping (mais um caso em Seattle!). De resto na inegável melhor linha secundária da Liga aparece um Antoine Winfield, um dos melhores cornerbacks da liga em final de carreira, que deseja ardentemente levar para casa um anel de campeão antes de se retirar.
No ataque 2012 trouxe tudo de novo sobre a surpreendente liderança do Russell Wilson o que nos faz pensar que em 2013 só podem ainda melhorar com a inclusão de Percy Harvin, um wide receiver de elite. Se o ano passado com Tate e Rice os Seattle Seahawks foram uma máquina de marcar pontos, este ano com Harvin prometem ser devastadores. De resto o running game é sustentado por Marshawn Lynch, um dos melhores running back da liga, que conta com o apoio dos promissores Robert Turbin e Christine Michael, primeira escolha do draft feita pela equipa do Pacifico NW.
É uma equipa jovem e com muitos anos pela frente e com uma vitória no Super Bowl pode ser mais que isso. Pode ser o nascimento de uma nova dinastia na NFL.
As únicas fraquezas da equipa está numa forte offensive line, mas que faz muitas faltas e que lhe custam muitas jardas, especialmente o desajeitado gigante Breno Giacomini. Pairam ainda as dúvidas no ataque sobre a potencial falta de saúde de Percy Harvin, aliada à dependência quase exclusiva no tight end Zach Miller, este ano sem a ajuda do discreto Anthony McCoy, que falha a época por lesão grave.
San Francisco 49ers: Sem Margem de Erro
Power Ranking NFL: 2º em 32 Equipas
Em 3 a 4 anos os San Francisco 49ers passaram de uma das piores equipas da liga a uma das melhores. E nos últimos dois anos “morreram na praia”. Nos últimos segundos foi-se um acesso ao Super Bowl em 2011 e em 2012 não conseguiram superar os Baltimore Ravens num jogo onde antes do apagão no Mercedez Dome os Ravens dominavam categoricamente. Deu-se o apagão dos 49ers e quando acordaram já era tarde. Assim numa divisão forte e cada vez mais competitiva com a ascensão do Seattle Seahawks e da equipa com muito futuro dos St. Louis Rams, os 49ers estão obrigados a vencer. Este ano tem que ser o ano. A janela começa a fechar-se e os 49ers entram em 2013 sem margem de erro.
Os pontos fortes da equipa são um conjunto coeso e sólido, onde pontifica uma defesa assustadoramente poderosa com nomes como Aldon Smith, Justin Smith, Navorro Bowman; Patrick Willis; numa legião de estrelas defensivas agora reforçada com o first round pick Eric Reid. No ataque um explosivo e versátil Colin Kaepernick com enorme potencial de crescimento eque se deve tornar no Franchise quarterback da equipa. Com um running game sólido assente em Frank Gore e num enorme tight end (Vernon Davis), a capacidade de fazer pontos e mossa nos adversários vai continuar a ser uma constante em 2013.
Os poucos pontos fracos da equipa de San Francisco passam pela perda de Dashon Goldson na secundária e a lesão grave de Michael Crabtree, que faz a equipa perder o seu melhor wide receiver. As dúvidas sobre a capacidade de Anquan Boldin e Mario Manningham em substituírem efectivamente o jogador lesionado são tais que se considera que o Vernon Davis venha a jogar na posição de wide receiver em 2013.
St. Louis Rams: O teste final de Bradford
Power Ranking NFL: 15º em 32 Equipas
Começamos pelos pontos fracos: Saíram Danny Amendola (wide receiver) e Steven Jackson (running back) dois jogadores fundamentais nos últimos anos na manobra dos St. Louis Rams. E historicamente são uma equipa que se tem debatido com muitas dificuldades em pass protection. Agora, quando se consegue ir buscar ao draft o wide receiver Tavon Austin, consensualmente o jogador com mais talento ofensivo dos disponíveis e se junta a habilidade de Jared Cook, Jake Long, Isaiah Pead, toda uma renovação de talento que se tem vindo a fazer (Zach Stacy, entre outros), fica a sensação que os Rams estão a percorrer o caminho de renovação e sucesso já trilhado pelos rivais mais fortes da divisão. Com o upgrade conseguido, os Rams parecem que a curto prazo vão conseguir formar uma equipa forte e extremamente competitiva.
Mas a grande encruzilhada dos Rams e a capacidade de terem sucesso num futuro mais imediato resume-se na definição final da capacidade de Sam Bradford liderar ou não a equipa para outros patamares. Anos depois de ter sido a estrela no draft e a grande aposta da equipa o enigma mantem-se. É assombrosa sua a facilidade de lançamento, mas tem-lhe faltado consistência e nota-se continuamente alguma hesitação especialmente quando está na red zone. Aqui a frieza para marcar pontos é vital e tem sido um dos seus pontos mais fracos. Não é um quarterback que viva bem fora do pocket, e isto aliado a pouco pass protection que tem recebido é uma combinação mortal. Em resumo: numa equipa que aumenta talento, capacidade e ambição, será que Sam Bradford vai evoluir com a equipa ou tornar-se um peso no seu crescimento? Esta é a pergunta que todos os fãs de St. Louis fazem. Por isso penso que 2013 será o teste final de Bradford.
Arizona Cardinals: A pesada herança de Kurt Warner
Power Ranking NFL: 26º em 32 Equipas
É um roster estranho. Grandes jogadores, quer no ataque quer na defesa. Depois na maior parte das vezes, nada funciona em conjunto. Mesmo assim nos últimos anos a defesa tem ganho mais jogos que o ataque. Começamos pela defesa: Darnel Dockett (defensive tackle) é mais que uma referência. Patrick Peterson (cornerback) dos melhores da liga. Assim como o explosivo Daryl Washington (inside linebacker) um jogador de top 100. Mas é nas forças que começam sempre as fraquezas da equipa de Arizona. Daryl Washington suspenso por 4 jogos por PED abuse (performance-enhancing drugs), e sem substituto à altura, debilita fortemente a capacidade defensiva da equipa. A escolha do polémico defensive back Tyrann Mathieu no draft pode trazer problemas acrescidos e nada saudáveis no balneário. Assim começamos a perceber que grande parte dos problemas dos Arizona Cardinals são auto-infligidos.
A herança da liderança de Kurt Warner também se sente e muito no balneário. A guerra do ano passado que dividiu um balneário onde se gostava mais de John Skelton vs um Kevin Kolb, muito melhor quarterback mas sem apoio dentro da equipa, revelou-se fatal para os Cardinals que começaram muito bem a época e que depois caíram redondos nos próprios erros. Como sempre a guerra traz baixas. Este ano para não se repetir a asneira aposta-se em Carson Palmer que depois de uma péssima época em Oakland procura redenção no Arizona. Nota-se aqui mais uma vez a tentativa de reedição da história de Kurt Warner que chegou desavindo dos Giants à equipa e acabou por a levar a uma final do Super Bowl perdida apenas nos últimos segundos numa jogada espectacular de Santonio Holmes.
Nota positiva para Larry Fitzgerald, um wide receiver que pode sempre fazer a diferença e Bruce Arians, o novo Head-Coach, anterior coordenador ofensivo dos Indianapolis Colts que o ano passado operou o milagre de recuperar a equipa e chegar aos playoffs. Eu, pessoalmente, não creio que esse mesmo milagre se dê no Arizona este ano. Continua a pairar a herança de Warner e até se começar a construir o futuro sem olhar para o passado, a equipa dos Cardinals vai permanecer encurralada nos seus próprios labirintos.
Vai ser uma divisão disputada entre os Seattle Seahawks e os San Francisco 49ers. Como nos power rankings acredito que os Seahawks vão ganhar a divisão com a margem mínima de um jogo, ainda que à semelhança da época passada, ambas as equipas vão certamente passar aos playoffs.
Os jogos de risco do Seahawks serão com os Carolina Panthers, os New York Giants e os Indianapolis Colts, todos fora, pois as fraquezas da equipa de Seattle aparecem normalmente fora do Century Link Field. Já os 49ers nesta previsão podem falhar vitórias com os sempre perigosos Cheese Heads e com os Atlanta Falcons. Ainda que o Calendário dos 49ers é mais fácil do que o dos seus rivais da costa Oeste.
Em resumo, confesso alguma parcialidade e mesmo alguma fé ao colocar os Seahawks como vencedores. Com a certeza que se ganharem a divisão e ficarem à frente da Conferência, a possibilidade de jogarem todos os jogos dos playoffs em casa vai levá-los quase certamente ao Super Bowl. Se jogarem os playsoffs fora, vai ser muito mais difícil.
Grupo de Trás
Os St. Louis Rams, merecem toda a nossa atenção e respeito. Depois de uma grande trabalho de reconstrução, são uma grande equipa quer em termos defensivos quer em termos ofensivos e com um grande treinador (Jeff Fisher). Mesmo assim não se conseguem livrar de dois males crónicos: Terem os Seahawks e os 49ers na mesma divisão e terem um calendário muito difícil. O resultado final pode mesmo ser pior que os 7-9 que apontamos, pois as vitórias em Carolina, como os Chicago Bears e contra Tampa Bay Buccaneers são tudo menos certas. De resto desafio alguém a apostar contra todas as derrotas que infligi a equipa do centro dos Estados Unidos. São todos jogos muito, mas muito difíceis de ganhar.
Ao contrário a equipa de Arizona com um calendário um pouco mais fácil que os Rams “compensa” com uma equipa mais frágil em termos de defensivos e com uma grande incógnita ofensiva que continua a ser a capacidade do quarterback de gerar perigo de modo continuado. Mesmo com casa nova e para mim o melhor wide receiver da Liga (Larry Fitzgerald) dou-lhes 10 derrotas “garantidas”. Nas seis vitórias dúvidas essencialmente na deslocação ao Philadelphia onde os Eagles são sempre extremamente perigoso. Para os Cardinals aponto apenas uma certeza: Vão ficar em último da divisão.