NFL Draft 2015 – The Day After Tennessee Titans

Paulo Pereira 6 de Maio de 2015 Draft, NFL Comments
Draft 2015 - Marcus Mariota

NFL Draft 2015 – The Day After Tennessee Titans

Escolhas

  • Marcus Mariota (QB)
  • Dorial Green-Beckham (WR)
  • Jeremiah Poutasi (OG)
  • Angelo Blackson (DT)
  • Jalston Fowler (FB)
  • David Cobb (RB)
  • Deiontrez Mount (OLB)
  • Andy Gallik (C)
  • Tre McBride (WR)

Melhor Pick

Há uma que sobressai. Pelo risco, claro, mas também por o jogador ter aquela capacidade de fazer salivar, face à competência que lhe é reconhecida. Dorial Green-Beckham desde cedo começou a dar nas vistas, tornando-se um prospect 5 estrelas, quando saiu do high school. Depois, em Missouri, mostrou do que era capaz. Fê-lo de forma algo intermitente e com um enorme ponto de interrogação, quando foi expulso do programa universitário. Essa red flag, aliada a um episódio de violência doméstica, fizeram todas as franquias necessitadas de um wide receiver olhar para o jogador de forma desconfiada. Mas, no 2º round e com um quarterback rookie, era imperioso arranjar-lhe armas. E nenhuma melhor do que um receiver alto, eminentemente físico e desafiador em qualquer catch. É a vertical threat que os Titans tanto necessitavam.

Pick Questionável

Marcus Mariota. E antes que me comecem a apredejar, deixem-me esclarecer um ponto. EU GOSTO DE MARCUS MARIOTA. Mas isso sou seu. Os Titans serão sempre julgados e apontados a dedo por esta escolha…se Mariota fracassar. Poderiam ter agido de outra forma? É relativo. Julgo que sim. Ken Whisehunt tem uma filosofia de ataque que sempre privilegiou um pocket passer, coisa que Mariota está longe de ser. Os Titans têm Zach Mettenberger, que mesmo não tendo feito nada para provar que poderia ser o franchise quarterback, apresenta qualidades interessantes. A pick 2 poderia ter rendido, num trade down, outras picks suplementares, que ajudariam a acelerar a construção do roster. Mas reconheceço que era difícil à franquia não querer, desde já, resolver a questão do QB. É um jogo e uma decisão de sobrevivência. Uma nova temporada miserável e o lugar de head coach e general manager poderiam ficar vagos. E ser apontados a dedo como os homens que “não draftaram Mariota”. Ou seja, esta pick é do género “ser preso por ter cão e por não ter”.

Steal do Draft

Gostei de duas. A escolha de David Cobb, no 5º round, faz recordar Mike Shanahan, que sempre encontrava talento para o jogo corrido nos rounds inferiores. Cobb, um verdadeiro cavalo de trabalho em Minnesota, é uma adição tremenda, que deverá colocar um ponto final na experiência chamada Shonn Greene na cidade. Cobb mais Bishop Sankey será a nova dupla responsável pelos snaps no jogo terrestre. E é promissora. Depois, no 7º round, de forma merecida, chegou Tre McBride. O wide receiver tem o azar de ter vindo de uma universidade pequena, pouco conceituada, mas tem as skills necessárias para vingar no mundo profissional. Era um dos segredos bem guardados deste draft, e merece a oportunidade que lhe deram.

Análise Final

É uma aposta. Arriscada, como todas, mas o destino de GM e head coach está agora umbilicalmente ligado ao sucesso ou falta dele de Mariota. O rookie QB tem um potencial tremendo, mas não parece poder ser um contribuinte de imediato, habituado que estava a jogar num esquema táctico que pouco o preparou para as exigências da NFL. De resto, o draft correu dentro do expectável, sem grandes motivos de regozijo e sem a vinda de um OT que pudesse suplantar o actual RT. Ou será que Jeremiah Poutasi, OG de Utah, fará essa transição para tackle?

Nota Final [de 0 a 10]

6

About The Author

Paulo Pereira

O meu epitáfio, um dia mais tarde, poderá dizer: “aqui jaz Paulo Pereira, junkie em futebol americano”. A realidade é mesmo essa. Sou viciado. Renascido em 2008, quando por mero acaso apanhei o Super Bowl dos Steelers/Cardinals, fiz um reset em [quase] todos os meus dogmas. Aquele desporto estranho, jogado de capacete, entranhou-se no meu ADN, assumindo-se como parte integrante da minha personalidade. Adepto dos Vikings por gostar, simplesmente, de jogadores que desafiam os limites. Brett Favre entra nessa categoria: A de MITO.