Este domingo chega ao fim mais uma época da NFL. Frente-a-frente estarão as duas melhores equipas, uma vez que foram aquelas que ninguém conseguiu bater rumo à grande final de Houston. O caminho nem sempre foi fácil, com mais altos que baixos para ambos, mas domingo é que cada um deles terá que mostrar quem é de facto o melhor. Aquele que merece o anel de campeão e o troféu Vince Lombardi.
New England Patriots
O início da época não foi fácil. Privados da sua grande referência, o já lendário QB Tom Brady, devido ainda ao caso Deflategate, que o deixou de fora os primeiros quatro jogos, todos esperavam para ver como iria a equipa resistir à sua ausência. Mas a verdade é que o seu substituto, Jimmy Garappolo, demonstrou ser merecedor da confiança que tantos depositavam nele como um sucessor de Brady. Só que ao segundo jogo, com larga vantagem no marcador, acabou por se lesionar, obrigando Bill Belichick a recorrer ao terceiro QB, Jacoby Brissett. E no terceiro jogo, Brissett conseguiu liderar a equipa a uma esmagadora vitória sobre os Texans por 27-0. A equipa de New England parecia imbatível, mesmo apesar de tantos contratempos. O regresso à realidade aconteceu no jogo seguinte com derrota caseira de 16-0 perante os Bills.
Valeu que era o último jogo sem o maestro Brady. Tom voltou na semana seguinte e foram quatro vitórias consecutivas até à derrota caseira com os Seahawks, numa mini-vingança dos de Seattle após o Super Bowl 49. Daí até final, mais sete vitórias sem qualquer derrota naquele que foi o melhor registo de qualquer equipa na fase regular.
E se o favoritismo parecia todo do lado dos Patriots, os playoffs confirmaram-no. Duas vitórias rotundas, por 34-16 e 36-17, ambas no Gillette Stadium, perante os Texans e os Steelers, respetivamente. E sem contar com um dos mais influentes jogadores do seu ataque, Rob Gronkowski.
A grande questão que se coloca é se alguém é capaz de travar o domínio desta dinastia Brady/Belichick que tantos títulos e recordes tem somado ao longo dos últimos 15 anos.
Atlanta Falcons
A presença no Super Bowl é algo que apenas havia acontecido uma vez na sua história, sem que tenha tido um final feliz na primeira tentativa de conquistar o troféu Vince Lombardi. Depois de uma época em que o ataque dos Falcons foi tremendamente poderoso, chegou a hora de mostrar que a franquia da Geórgia poderá finalmente atingir a glória, liderados por aquele que tem sido a sua referência nos últimos anos, o QB Matt Ryan.
O ano nem começou da melhor maneira, com uma derrota contra um rival da NFC South, em casa, os Tampa Bay Buccanneers, mas a equipa reagiu muito bem, com quatro vitórias e quase todas elas com pontuações impressionantes, 35, 45 e 48 pontos! A vitória seguinte não teve tamanha concretização ofensiva, mas também foi frente aos campeões Broncos, que os Falcons também bateram.
O pior momento veio a seguir, com duas derrotas consecutivas, em Seattle e em casa com os Chargers. Porém, uma vitória por um ponto sobre os Packers pareceu retemperar as forças da equipa que repôs as contas com os Bucs na semana seguinte. Este contudo continuou a ser o pior momento no ano, duas derrotas em três jogos, com os Eagles e os Chiefs, levantaram dúvidas sobre a consistência da equipa de Dan Quinn. A liderança na NFC South não estava garantida mas daí para a frente a equipa não voltou a tremer, com quatro vitórias consecutivas e o assegurar da bye week no primeiro fim-de-semana de playoffs, algo que pareceu uma miragem a determinada altura da época.
Poucos apostavam nos Falcons para chegar ao Super Bowl LI, ainda para mais quando tiveram pela frente dois dos mais reputados candidatos à presença na grande final. Mas ambos os Falcons dizimaram com um ataque que parece imparável. Primeiro foram os Seahawks a cair em Atlanta por 36-20 e depois os Packers por 44-21. Estava carimbada a segunda presença no jogo mais desejado por qualquer equipa da NFL, com a expectativa que agora possa ser contrariado o desfecho de há 18 anos perante os Denver Broncos.