Os Melhores Running Backs Disponíveis na Free Agency

Paulo Pereira 1 de Março de 2016 Jogadores, NFL Comments
Doug Martin

Os Melhores Running Backs Disponíveis na Free Agency

É uma das posições em que, aparentemente, existe qualidade e quantidade, todos os anos. O crescente incremento do jogo de passe levou a uma retracção nos valores pagos aos running backs, com as franquias a apostarem em miúdos vindos do draft, mais baratos e do tipo plug & play. No entanto, o draft de 2016 não aparenta ter a mesma quantidade de pérolas dos anos anteriores e, por isso, a free agency poderá servir de remedeio para quem esteja necessitado de elementos para o ground game. Existem nomes facilmente reconhecíveis, sólidos no capítulo exibicional e atractivos, quer para uma aposta no curto prazo, quer no médio/longo prazo. O Gordon McGuiness, do Pro Football Focus, compilou uma lista deles:

1. Doug Martin | Tampa Bay Buccaneers

Martin tem tido uma carreira interessante, iniciada de forma impressiva no seu ano rookie. No entanto, quando parecia que ele poderia tomar a liga de assalto, as épocas de 2014 e 2015 desfizeram, mesmo que momentaneamente, essa ideia. A sua falta de produção deveu-se, essencialmente, às contínuas lesões, com estas a colocarem um enorme ponto de interrogação quanto à sua durabilidade, mercê dos 17 jogos falhados em 32 possíveis. Mas 2015 mostrou um Doug Martin sadio e reminiscente do de 2013. Martin terminou o ano com 1402 jardas corridas, apenas atrás de Adrian Peterson, aumentando o seu stock para o mercado de jogadores livres. Com 27 anos, é expectável que, caso os Bucs não lhe renovem o vínculo contratual, consiga facilmente encontrar um clube em Março. Desde que se mantenha arredado de lesões, parece ter a capacidade para emular 2015. Fisicamente poderoso, é um dos running backs que mais tackles falhados provoca aos adversários que o tentam parar.

2. Lamar Miller | Miami Dolpnins

É um dos mais novos running backs a atingirem a free agency, com apenas 25 anos e um potencial apenas aflorado, nos anos anteriores. O ex-jogador dos Hurricanes, universidade onde granjeou fama, é explosivo e elusivo em open field, para além de funcionar bem fora do backfield, como comprovam as suas 47 recepções em 2015, tornando-o perfeito para as equipas necessitadas de um running back para todos os downs. No esquema ofensivo dos Dolphins, nunca foi usado de forma massiva, tendo apenas 194 corridas no ano passado, o que o mantém fisicamente fresco, sem a dose cavalar de snaps que outros, na mesma posição, têm. Com a mudança de regime em Miami não se sabe ainda se será considerado uma prioridade ou se, por outro lado, será visto como dispensável.

3. Chris Ivory | New York Jets

É um dos running backs mais veteranos, já com vasta experiência no seu currículo e prestes a entrar nos 28 anos. Consistente e produtivo, não é um corredor glamouroso, mas é estável e consegue, de forma regular, prestações positivas. Duro, teve uma primeira parte da temporada nos Jets de elevado nível, acrescentando sempre jardas após o contacto inicial com o defensor. Mesmo que não seja visto como uma opção de longo prazo, é um jogador instrumental em qualquer unidade.

4. Matt Forte| Chicago Bears

Jogador emblemático nos Bears, sabe-se já que não ficará na franquia, testando as águas da free agency. Será sempre visto como uma opção de curto prazo, mas viável para equipas com sistemas ofensivos fortes e implementados, que tentam um forcing para atacar o Super Bowl. Tem, como contras, os seus 31 anos e as mais de 2000 corridas feitas, nos últimos 8 campeonatos, que o desgastaram fortemente. Apesar disso, a sua experiência torna-o um jogador apetecível, se visto como complemento para a unidade e não como o seu protagonista. Num esquema criativo, será uma arma tremenda, pela capacidade inata que demonstra como reveicer. As suas 104 recepções, em 2014, são apenas o corolário do uso dessa qualidade.

5. LeGarrette Blount | New England Patriots

Blount é um jogador intrigante, mas não preenche o imaginário das franquias que precisam de um running back para usar de forma contínua. Fisicamente dotado, com enorme poder, mereceu poucos snaps em New England, mais pela especificidade do ataque do que por qualquer desconfiança nas suas qualidades. É um jogador que consegue muitas das suas jardas após contacto, cenário ideal para quem procura um poderoso running back. Pode ser perfeito no cenário ideal, como complemento, num grupo que possua outro running back de características distintas.

6. Alfred Morris | Washington Redskins

O problema com Morris é que o seu melhor ano foi o de rookie, já perdido na memória de muitos. Nessa altura, parecia que Alfred Morris, mais um achado de Mike Shanahan nos rounds finais do draft, seria o franchise running back na capital, pelos anos seguintes. Mas, desde aí, a produção de Morris tem vindo a decrescer, perdendo tempo de jogo para os colegas na unidade. Terminou 2015 com apenas 213 corridas, nada tendo acrescentado de relevante ao jogo corrido dos Skins. Dificilmente receberá um contrato chorudo, mas merecerá convites, dado ter ainda 28 anos e aparentar ter “gás” suficiente no tanque. Talvez uma mudança de ares seja benéfica, agora que se fala em Matt Jones como o potencial franchise running back na equipa de Jay Gruden

7. Stevan Ridley | New York Jets

Com 27 anos, Ridley tem ainda o capital da idade do seu lado, mas está naquela fase em que tem que provar que pode ser um back de sucesso fora do esquema específico dos Patriots, onde ele realmente mostrou flashes interessantes. As lesões que o atormentaram nos dois últimos anos limitaram-lhe a participação nos jogos, e não deverá atrair dinheiro significativo na free agency. Deverá merecer mais uma oportunidade, em algum lado, mas do género de negócio “prove it”.

About The Author

Paulo Pereira

O meu epitáfio, um dia mais tarde, poderá dizer: “aqui jaz Paulo Pereira, junkie em futebol americano”. A realidade é mesmo essa. Sou viciado. Renascido em 2008, quando por mero acaso apanhei o Super Bowl dos Steelers/Cardinals, fiz um reset em [quase] todos os meus dogmas. Aquele desporto estranho, jogado de capacete, entranhou-se no meu ADN, assumindo-se como parte integrante da minha personalidade. Adepto dos Vikings por gostar, simplesmente, de jogadores que desafiam os limites. Brett Favre entra nessa categoria: A de MITO.