Up & Down NFL: Week 11

André Novais de Paula 20 de Novembro de 2014 NFL, Up & Down Comments
Up & Down - Week 11

Up & Down NFL: Week 11

Up & Down - Week 11

Up & Down – Week 11

Up

Kansas City Chiefs (7-3)

De menos a mais! De trás para a frente!

Estas poderiam ser as frases para descrever a época dos Chiefs.

Até à bye week na semana 6, o registo da equipa de Andy Reid eram uns decepcionantes 2-3, bem longe dos fantásticos 5-0 da época anterior.

Depois da semana de descanso arrancaram para uma sequência de 5 vitórias seguidas, incluindo, na lista de vítimas, os Chargers, derrotados em San Diego, os agora ressurgidos Rams e, esta semana, nada mais, nada menos do que os campeões em título Seahawks.
E nestas contas nem metemos a derrota humilhante imposta aos Patriots, na semana 4 e que tanta perturbação e discussão causou lá para os lados de Foxborough!
Com 7-3, aos Chiefs todos os sonhos são possíveis, incluindo ganhar a AFC West, mais ainda perante uns periclitantes Broncos que, depois da derrota em New England, parecem ter mais dúvidas do que certezas quanto às suas capacidades.
Dúvidas não temos nós quanto à equipa de Kansas City! Com um Jamaal Charles imperial e uma defesa intratável, com o grande, em todos os sentidos, Dontari Poe em grande destaque, a vitória na semana 12 frente aos Raiders parece ser certa, mesmo sendo um jogo em Oakland.
Mal podemos esperar pelo embate da semana 13, no Arrowhead, frente aos Broncos, naquele que pode ser, verdadeiramente, um Game Changer na divisão.

St. Louis Rams (4-6)

Depois de um início de época desastroso, com a derrota caseira frente aos Vikings, por 34-6, na semana 1, os Rams têm feito um percurso duro e difícil, tentando, a todo o custo, ultrapassar o facto de terem perdido, ainda antes do início da temporada, o seu QB titular, Sam Bradford, que, contudo, foi razoavelmente substituído por Austin Davis, primeiro, e por Shaun Hill no jogo desta semana.

Mas se o registo ainda é negativo, a verdade é que, se olharmos para o difícil calendário da equipa de St.Louis, verificamos que, mesmo as derrotas que sofreu, com excepção da atrás referida com os Vikings e a que os Chiefs lhes impuseram na semana 8 (7-34), foram contra equipas claramente favoritas e por resultados relativamente apertados (Eagles, Cowboys, 49ers e Cardinals).

E as quatro vitórias não foram também coisa pouca. Se ganhar aos Buccaneers, por estes dias, não soma nada à glória de ninguém, o mesmo não se pode dizer das vitórias sobre os 49ers e os Seahawks ou, como ocorreu esta semana, sobre os Broncos de Peyton Manning.
No embate frente a Denver a base do sucesso da equipa esteve, principalmente, na defesa que secou, literalmente, os pontos de passe de Manning, limitando os danos no marcador a um solitário TD no 2º período.

Jeff Fisher é, seguramente, um dos treinadores mais experientes e talentosos da liga e a sua capacidade de resistir às adversidades típicas de quem lidera equipas que são underdogs, ficaram bem demonstradas durante a sua passagem pelos Titans.

Embora nos pareça ser já tarde para alcançar um lugar nos playoffs em 2014, Fisher vai, paulatinamente, construindo em St.Louis uma equipa que, ninguém duvide, ainda vai causar muitos amargos de boca a muita boa gente.

Green Bay Packers (7-3)

A todo o gás!

São impressionantes as exibições dos Packers nos últimos jogos.

E mais impressionantes ainda são os números da equipa de Mike McCarthy: têm uma média de 33 pontos marcados por jogo e, se olharmos para os últimos 3 jogos, a média sobe para 50,7 pontos. Para terem uma ideia, os Eagles tinham, até à semana antes do embate em Lambeau Field, uma média de 22 pontos sofridos por jogo. Nada de especial, é certo. Mas no domingo encaixaram 53…

E nem podemos dizer que a culpa foi de Mark Sanchez, apesar de mais uma exibição… à Mark Sanchez.

A “culpa” é toda dos Packers e, particularmente, desse génio que se chama Aaron Rodgers que, só à sua conta, leva já 29 TD's e 0 Intercepções nos últimos 11 jogos em casa.

Queriam o nome de mais um candidato para os “playoffs and more” na NFC? Pois bem, fiquem com esta notícia: os Packers entraram em “Super Bowl mode”!

Down

New Orleans (4-6)

Por estes dias repete-se, nos mais diversos fóruns de debate e análise da NFL, a discussão à volta da questão do acesso ao playoffs de equipas com registos negativos, por contraponto com equipas com registos positivos e muito melhores que, por exemplo, os Saints. Já tinha sido assim em 2010 quando os Seahawks chegaram aos playoffs, como vencedores da NFC West, com um registo de 7-9 e, acabaram por vencer os mesmíssimos Saints, em Seattle, na Wildcard Round, que eram, nada mais, nada menos, do que os campeões em título, naquele ano.
Faço já saber que me parece uma discussão sem sentido. Se vier a ser introduzida alguma alteração nas regras em vigor, isso significaria uma radical transformação na lógica com que está construído o calendário da NFL e a perda daquele que considero o ponto estrutural da organização da competição: a distribuição das equipas por divisões! Para além de garantir um acréscimo de emoção aos jogos, com as rivalidades históricas que os “divisional games” provocam todos os anos, a lógica de uma competição por divisões, permite, precisamente, que equipas com calendários mais complicados (é bom lembrar que, na NFL, os calendários de cada equipa tem diferentes graus de dificuldade e de complexidade em cada época e varia essa mesma dificuldade de ano para ano), possam, ainda assim, chegar às semanas decisivas da post season. Sem isso, muitos wildcard teams ou mesmo vencedores de divisão veriam as suas expectativas de lutarem pelo Super Bowl completamente diminuídas ou bloqueadas. Para isso bastaria à NFL rever as suas regras, classificando para os playoffs as 6 melhores equipas de cada Conferência. Ponto final!

E é por causa das coisas serem como (ainda) são que os Saints ainda podem sonhar com os playoffs, mesmo depois de exibições anémicas, como a deste fim-de-semana. E, para além da derrota indiscutível, em casa, frente aos Bengals, Drew Brees e companhia viram ainda os Falcons tomarem a dianteira da NFC South, abrindo uma discussão acesa pela liderança da divisão. Estão ao rubro as coisas lá pelo sul dos States! Ainda bem!

New York Giants (3-7)

Nem sei porque é que ainda nos damos ao trabalho de falarmos dos Giants, versão 2014. Mas a verdade é que custa ver uma equipa como os G Men nesta triste situação. E mais custa ainda ver Eli Manning disparar 5 (!) intercepções no mesmo jogo, algumas delas absolutamente caricatas e de levarem ao mais genuíno desespero Tom Coughlin e os adeptos que (ainda) se dão ao trabalho de irem ao MetLife Stadium.

Para terem uma ideia do que foi o jogo do QB dos Giants este fim-de-semana, frente aos 49ers Eli Manning sofreu quase tantas intercepções (5) quantas as que levava nos 9 jogos anteriores (6).

A época está perdida para os Giants!

2014 será um ano para esquecer… e daí, talvez não.

Washington Redskins (3-7)

Sai mais um requiem para uma equipa da NFC East, oh faz favor!

Que podemos acrescentar à época miserável dos Skins em 2014?

Pouca coisa, ou, se calhar, muita, a avaliar pela verdadeira peixeirada que se montou lá para os lados de Landover, depois de mais uma exibição inacreditável da equipa, culminada com uma derrota intragável frente aos Buccaneers em pleno FedEx Field.

Mesmo depois de sofrer 6 (sacks) e levar 2 intercepções, RG3 ainda teve forças para, publicamente, se insurgir contra a falta de qualidade da exibição da equipa no domingo passado, justificando, ou tentando justificar, dessa forma, o desaire no jogo frente a Tampa Bay. Esteve mal, muito mal mesmo!

Mas melhor não esteve também Jay Gruden, o treinador da equipa, que, na resposta que deu ao vivo e em directo ao QB da equipa, o acusou de, também ele, não ter estado ao nível mínimo que lhe era exigido.

Depois das polémicas com Mike Shanahan, na época passada, Robert Griffin III, mesmo descontando as lesões sofridas, parece ser, cada vez mais, parte do problema, mais do que parte da solução em Washington.

Os dias de esperança porque os fãs dos Redskins tanto ansiavam, sobretudo depois da escolha do QB vindo de Baylor, no draft de 2012, parecem terem sido, afinal, sol de pouca dura e o futuro de RG3 em Landover é, por agora, uma incógnita!

O que é certo é que os Redskins podem já acrescentar 2014 à longa lista de “loosing seasons” da sua história.

About The Author

André Novais de Paula

Sempre gostei de desporto e sempre senti uma grande curiosidade em relação a desportos Americanos, mas infelizmente o contacto com essa realidade era escasso e intermitente. Cheguei mesmo a jogar InLine Hockey (semelhante ao Ice Hockey, mas com patins em linha) durante vários anos nos Sharks de Oeiras, mas mesmo seguir a NHL era complicado. Tudo mudou quando a televisão por cabo começou a transmitir canais com estes desportos. O Futebol Americano foi Amor à primeira vista. Para que eu ficasse completamente viciado bastou ver o primeiro jogo. Depois disso já não havia volta atrás. O passo seguinte foi começar a descobrir cada vez mais sobre este incrível desporto. Rapidamente constatei que não havia muita informação em Português e juntamente com o Paulo Silva Curto abri uma página no Facebook para juntar outros fãs de Futebol Americano. Não sonhávamos na altura que este pequeno projecto iria crescer desta forma e que um dia iríamos ter um Blog dedicado somente a este desporto que nos tem dado tantas alegrias e horas bem passadas. Aproveito para confessar que sou fã dos Green Bay Packers. Go Packers!