Up & Down NFL: Week 12

Pedro Nuno Silva 28 de Novembro de 2013 NFL, Up & Down Comments
Up & Down - Week 12

Up & Down NFL: Week 12

UP & Down - Week 12

UP & Down – Week 12

Up

San Diego Chargers (5-6)

No início da temporada os Chargers eram uma espécie de Jets da costa oeste, tamanho era o descrédito nas opções e nas hipóteses da equipa liderada por Mike McCoy. Mas de forma discreta, sem grandes alaridos, a equipa de San Diego lá foi fazendo o seu caminho. Não que se possa gabar de uma época de sonho, longe disso, mas o azar de apanhar com duas equipas de divisão como os Broncos e os Chiefs, que se mantiveram, em verdadeiro estado de graça, para além do equador da temporada, também não ajudou nada aos registos dos “Super Bolts”. E nos dois embates com aquelas equipas, Philip Rivers e os seus companheiros estiveram bem, mesmo considerando a derrota caseira frente aos Broncos. No domingo, em pleno Arrowhead Stadium, naquele que foi um dos dois melhores jogos da semana, os Chargers, liderados por um renascido Rivers lutaram, até ao último fôlego, pelo resultado frente aos, até aí, 9-1 Chiefs. Acabaram por ser premiados com uma vitória, obtida de forma espectacular, através de um TD de Seyi Ajirotutu, a passe de Philip Rivers, a 58 segundos do fim.

O calendário que falta aos Chargers tem a particularidade de ter 4 jogos em casa e apenas 1 fora, em Mile High, frente aos Broncos. Definitivamente ainda não vimos tudo na AFC West este ano.

Arizona Cardinals (7-4)

Na NFC West moram os quase imbatíveis Seahawks, quiçá a melhor equipa da NFL, por estes dias. E moram ainda os 49ers, que ainda a época passada estiveram no Super Bowl. Mas depois parece que ninguém repara em mais nada por aqueles lados. Pois na NFC West mora, para mim, a equipa que pode vir a ser a “The Next Big Thing” da NFL: os Arizona Cardinals!

Sei que é uma afirmação polémica e arriscada. Mas em Glendale as coisas parecem que vão sendo feitas, agora, com calma, mas de forma consistente. É certo que não foram poucos os disparates nas opções para a posiçao de QB, sobretudo se nos lembrarmos dos flops Matt Leinart e Kevin Kolb. A substituição do Hall Of Fame Kurt Warner (há-de lá chegar…), foi complicada, mas a opção por Carson Palmer este ano e, sobretudo, a entrada de Bruce Arians para o lugar de treinador principal, recolocou a esperança em Arizona. E Arians, um exímio gestor de equipas, pegou num roster cheio de promessas de topo, dos 2 lados da bola e vai, passo a passo, construindo uma equipa forte na defesa (são top 10 em tackles, intercepções, pontos e jardas permitidas por jogo) e revelando um ataque mais consistente e menos intermitente. No domingo despacharam os muitos fiáveis Colts com uns claros 40-11. Não será facil chegarem aos playoffs, mas têm a certeza de uma coisa: os 49ers (7-4) têm de se cuidar, se não querem ver a wildcard position tomada de assalto pelos pássaros de Phoenix.

New England Patriots (8-3)

ÉPICO! É a palavra que mais nos ocorre quando relembramos o jogo do passado domingo frente aos Broncos. Do Inferno da primeira parte, ao Paraíso da segunda parte. E o encantamento de estarmos a ver passar um daqueles momentos definidos como históricos, ali mesmo à nossa frente. Nunca os Patriots tinham-se visto em tamanhas alhadas, num jogo em casa: 0-24 ao intervalo. Nunca os Patriots tinham conseguido dar a volta a um resultado destes. E aposto que nenhum dos adeptos de New England, naquele momento, acreditava noutro resultado final, que não fosse a derrota frente a Peyton Manning e aos seus Broncos.

Mas não se esqueçam que em Foxborough mora um senhor chamado Tom Brady. E 31 pontos depois, o resultado estava já em 31-24, a favor dos Patriots. Quase que por magia! Perante o olhar impotente e incrédulo de Manning e dos responsáveis dos Broncos.
Boomer Esiason, antigo QB dos Bengals, Jets e Cardinals e actual comentador da TV, afirmava na passada 2ªfeira, no Total Access da NFL Network, que a NFL deveria suspender, de imediato, as nomeações deste ano para o Hall Of Fame de Canton, Ohio. E, de caminho, devia também alterar as regras de nomeação dos felizes eleitos e dar, desde já, o vistoso casaco amarelo a Tom Brady porque, segundo ele, estamos perante o melhor QB da história do jogo. Eu não sei se vai haver alguma Petição Pública para que isso aonteça, mas se houver, avisem-me… Quero ser o primeiro a assiná-la!

Down

Indianapolis Colts (5-4)

Não está em causa a liderança da AFC South! Mas ficou em causa a posição 2 na Divisional Round, por agora e, sobretudo, a imagem de equipa sóbria e fiável, que Andrew Luck tão bem interpreta. Não que seja uma desgraça perder com os Cardinals, mas os números e o desnorte da exibição do passado fim de semana, deve ter deixado bem mais apreensivo Chuck Pagano e os adeptos dos Colts. Menos mal do que o calendário que têm pela frente até parece ser-lhes favorável, mesmo tendo em conta as deslocações a Cincinnati e Kansas City. O problema é que os Patriots parecem mesmo lançados para ganharem um bye nos playoffs e já sabemos que aquela malta, quando vai lançada, já ninguém os pára!

Houston Texans (2-9)

Deve doer, e não deve ser pouco, aos adeptos dos Texans ver o estado de descalabro absoluto em que se transformou a época da equipa de Houston. O colapso de Gary Kubiak, há duas semanas atrás, não fosse um incidente infeliz, parecia um retrato fiel de toda esta frustrante época. É verdade que as lesões não páram, mas as decisões e opções da equipa técnica em redor das melhores opções para as colmatar, a começar pelos zigue-zagues na posição de QB, depois da lesão Matt Schaub, entusiática e sonoramente aplaudida pelos adeptos presentes no Reliant Stadium, no meio da humilhante derrota caseira frente ao Rams. Primeiro foi T.J.Yates, depois Case Keenum e, quando este parecia ser mesmo a melhor solução, alguém se lembra que Schaub é que afinal é que é mesmo o homem. Esta semana fizeram o que parecia impossível; perderam em casa contra aqueles que já eram a anedota da NFL, os Jaguars.
De vencedores de divisão a fortíssimos candidatos ao primeiro lugar do draft de 2014, eis o percurso, num ano, dos rapazes de Houston! Lamentável!

Kansas City Chiefs (9-2)

É certo que o registo de 9-2 é notável. Seguramente que ninguém estava à espera de tanto dos rapazes de Andy Reid. Conseguiram até chegar a 9-0! Mas sempre, nesse percurso, se ficou com a sensação que os jogos a sério ainda estavam para vir. Se olharmos para as equipas que defrontaram nas 9 primeiras semanas, encontramos os Eagles, os Giants, os Cowboys (ou seja, a elite da NFC East, na sua pior fase da época), os Jaguars, os Raiders, os Browns, os Titans, os Texans e os Bills. 9 equipas com registos negativos em toda ou, pelo menos, boa parte da temporada (neste último caso, estão os Cowboys e os Eagles). Ou seja, ficou sempre a impressão que a prova dos nove para os Chiefs seria tirada quando tivessem pela frente equipas como os rivais Broncos. Jogaram com os Broncos e perderam. Sem surpresa. No domingo receberam os Chargers e… perderam! E sabem que também não foi muito surpreendente para mim? Vêm aí os Broncos outra vez, agora no Arrowhead Stadium! A prova real vai ser tirada, de uma vez por todas, para sabermos se os Chiefs estão ainda numa fase de crescimento ou o apogeu da época já lá vai. A ver vamos.

About The Author

Pedro Nuno Silva

Português. Duriense de nascimento. Tripeiro de coração. Minhoto por adopção. Numa palavra: nortenho. Ou seja, tinha tudo para ser um ignorante sobre futebol americano. Mas a 2 de Fevereiro de 2009 tudo mudou graças a cerca de 2 minutos de um jogo que era até aí um mistério insondável! Os culpados? Todos os jogadores dos Steelers e dos Cardinals. Mas, em particular, Ben Roethlisberger e Santonio Holmes e aquele touchdown a 30 segundos do final do jogo num equilíbrio improvável e que desafiou as leis da física e se pode colocar ao lado de um qualquer volteio do mais virtuoso bailarino do Bolshoi. A paixão pelo jogo cresceu de tal forma que hoje olho à minha volta e acho estranha tanta algazarra por causa das vitórias do F.C.Porto, da nossa seleccção ou das birras do CR7. Definitivamente tornei-me num alien em pleno coração do Alto Minho!