Up & Down NFL: Week 2

Pedro Nuno Silva 17 de Setembro de 2014 NFL, Up & Down Comments
Up & Down - Week 2

Up & Down NFL: Week 2

Up & Down - Week 2

Up & Down – Week 2

Up

San Diego Chargers  (2-0)

Não foi tanto por terem derrotado os campeões Seahawks que os Chargers têm a honra do primeiro UP da semana 2. E isso já seria motivo suficiente se tivermos em conta o balanço da equipa de Pete Carroll no jogo de abertura da presente temporada.  Os méritos da equipa de San Diego são totalmente merecidos, mas apenas por si só. E tanto faz falarmos do ataque ou da defesa. Se é verdade que há muito tempo que não víamos Russell Wilson e Marshawn Lynch serem tão bem anulados no seu jogo ofensivo (este apenas conseguiu correr umas miseráveis 36 jardas em todo o jogo),  a verdade é que a performance de Philip Rivers e do ataque dos Bolts, com grande destaque para o incombustível Antonio Gates, desfizeram, literalmente, todas as vaidades da melhor secondary da NFL, deixando mudo e calado o maior palrador da liga, Richard Sherman. Rivers e Gates fizeram as delícias dos fantasy owners este fim-de-semana totalizando uns insanos 52 pontos. Mas deixamo-vos outro número que julgávamos ser impossível registar num jogo dos Seahawks: os homens de Seattle apenas conseguiram ter 17m45s de posse de bola, contra uns imperiais 42m15s dos rapazes de Mike McCoy. Uma palavra para Philip Rivers: apesar de anos em que parece afundar-se numa mediania sem salvação, a verdade é que são mais as limitações da equipa do que as notáveis qualidades de Rivers que justificam esses períodos de menor fulgor. Philip Rivers é, em nossa opinião, um dos top QB’s da NFL, muitas vezes underrated pelos analistas do jogo. Façam apenas o exercício de imaginarem o que teria sido a carreira de Rivers numa equipa com maior profundidade no seu roster? Estão a imaginar?

Philadelphia Eagles  (2-0)

Os Eagles parecem querer confirmar que são a equipa a abater na NFC East. Mas terão de ter mais atenção aos seus inícios de jogos. Nos dois primeiros embates da temporada, tiveram de recuperar de duas desvantagens de mais de 14 pontos (17 frente aos Jaguars e 14 frente aos Colts), feito inédito na história da NFL, em dois jogos seguidos da regular season. Mas o valor da equipa de Nick Foles parece ser indiscutível e, por agora, suficiente para fazer frente a esses arrepios. Com Cowboys, Redskins e, sobretudo, Giants ainda muito inseguros nos primeiros momentos da época, a vitória dos Eagles e logo no campo de um verdadeiro playoff contender como são os Colts, ganha uma maior importância. E se todos sabemos o quanto é imprevísivel e discutida a luta na divisão, uma coisa é certa: por agora a águia voa alto em Philadelphia.

Arizona Cardinals  (2-0)

Já sabemos que os Giants já foram melhor equipa do que são hoje, mas disso não têm os Cardinals culpa. E os prognósticos até que não favoreciam muito a equipa de Bruce Arians, depois de se saber da indisponibilidade de Carson Palmer na posição de QB. Tiveram, assim, de fazer uso de Drew Stanton, um QB que, apesar de não ter feito um passe num jogo oficial da NFL desde 2010 (!), é, no entanto, bem conhecido do treinador dos Cards, desde os tempos em que este era o Coordenador Ofensivo dos Colts. Mas nem isso bastou para parar os rapazes de Arizona. Dois TD’s, incluindo 1 num punt return de Ted Ginn, fizeram a história de mais uma vitória de uma equipa que leva nas costas o peso de ser um eterno outsider, mas que, com Arians ao comando, parece querer mostrar que é muito mais do que isso. O ano passado acabaram com um registo de 11-5, mas foram incapazes de chegarem aos playoffs. Este ano seguem na frente da NFC West, a tal divisão das duas equipas que muitos consideram ser as melhores da NFL: os Seahawks e 49ers.

Down

New Orleans Saints  (0-2)

Pela segunda semana consecutiva, os Saints “deitaram fora“ a possibilidade de ganharem o seu jogo. Na semana passada, foi frente aos Falcons, ainda por cima rivais de divisão. Esta semana foi frente aos, aparentemente, mais acessíveis Browns. Drew Brees e companhia viram-se e desejaram-se para se livrarem de uma defesa de Cleveland que não virou a cara à luta, conseguindo mesmo uma intercepção decisiva do safety Tashaun Gipson, já perto do final da primeira parte, que colocou os Browns com vantagem ao intervalo (16-10). E depois tivemos os equívocos de Rex Ryan ao comando da defesa, levando a uma drive final gloriosa de Bryan Hoyer que acabou num field goal decisivo de Billy Cundiff. Estamos ainda em tempos em que nada é definitivo, mas o valor da equipa de New Orleans começa a depreciar-se demasiado depressa depois destas duas derrotas de entrada. Para a semana, frente aos Vikings, no Superdome de New Orleans, os Saints têm tudo para darem a volta por cima. Desde que não se esqueçam que o jogo tem mesmo 60 minutos.

San Francisco 49ers  (1-1)

QUE DESPERDÍCIO!!! Deve ter sido, mais ou menos, isto o que Jim Harbaugh e Colin Kaepernick e Aldon Smith e Vernon Davis e todo o público presente no novíssimo Levi’s Stadium devem ter gritado no final do jogo. Em inglês, claro. E com muito palavrão à mistura também. Os arqui-rivais de Seattle já tinham levado para contar em San Diego. O adversário eram os atarantados Bears, vindos de uma derrota caseira frente aos surpreendentes Bills. Ao intervalo o resultado parecia confirmar os vaticínios de toda a gente, incluindo os nossos, com uns claros, ainda que não definitivos, 20-7 a favor dos Niners. Mas depois… apenas um field goal no 3º período para a equipa de San Francisco e uns incríveis 0-21 no 4º período para os Bears (grande Brandon Marshall!) deitaram tudo a perder. Se há derrotas que vêm em boa altura, são estas. Depois da categórica exibição em Arlington, na semana passada, frente aos Cowboys, os 49ers perceberam agora que na NFL os favoritos são os que ganham… no fim do jogo!

Kansas City Chiefs (0-2)

Não é por terem perdido, outra vez, com os Broncos, que os Chiefs receberam, esta semana, a duvidosa honra de se estrearem no nosso UP&DOWN. Nada disso. As razões são bem mais simples: há um ano, por esta altura, a equipa de Andy Reid tinha acabado de conquistar a 2ª de 9 vitórias consecutivas com que chegaria à Bye Week. O jogo ofensivo era implacável. A defesa insuperável e a alegria voltava de vez às bancadas do Arrowhead Stadium. Ontem somaram a 2ª derrota consecutiva. Sabemos que jogadores como Dwayne Bowe e agora Jamaal Charles fazem muita falta. Sabemos até que a derrota chegou quase no fim do jogo. Mas com os Broncos e os Chargers com a corda toda, começar com uns 0-2 é algo que não se aconselha a quem quer ter uma palavra a dizer na luta por um lugar nos playoffs na AFC West. E se o ano passado até foram três as equipas da divisão que passaram para a post season, esses são feitos difíceis de repetir em anos seguidos. Alex Smith e companhia precisam, urgentemente, de começarem a dar à perna.

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Pedro Nuno Silva

Português. Duriense de nascimento. Tripeiro de coração. Minhoto por adopção. Numa palavra: nortenho. Ou seja, tinha tudo para ser um ignorante sobre futebol americano. Mas a 2 de Fevereiro de 2009 tudo mudou graças a cerca de 2 minutos de um jogo que era até aí um mistério insondável! Os culpados? Todos os jogadores dos Steelers e dos Cardinals. Mas, em particular, Ben Roethlisberger e Santonio Holmes e aquele touchdown a 30 segundos do final do jogo num equilíbrio improvável e que desafiou as leis da física e se pode colocar ao lado de um qualquer volteio do mais virtuoso bailarino do Bolshoi. A paixão pelo jogo cresceu de tal forma que hoje olho à minha volta e acho estranha tanta algazarra por causa das vitórias do F.C.Porto, da nossa seleccção ou das birras do CR7. Definitivamente tornei-me num alien em pleno coração do Alto Minho!