Up & Down NFL: Week 3

Pedro Nuno Silva 24 de Setembro de 2014 NFL, Up & Down Comments
Up & Down - Week 3

Up & Down NFL: Week 3

Up & Down - Week 3

Up & Down – Week 3

Up

Pittsburgh Steelers (2-1)

Ainda há hesitações! A máquina ainda emperra. Mas pouco a pouco a sociedade Mike Tomlin e Ben Roethbisberger vai recuperando as virtudes que fizeram a grandeza recente dos Steelers. Num campo dificilissimo, frente a uma das equipas a quem todos auguram sucesso nesta época, os rapazes de Pittsburgh cerraram os dentes e trataram de reviver uma noite à moda antiga. Ben Roethlisberger esteve seguro como sempre no comando do ataque (2 TD’s), Le'Veon Bell imparável no jogo corrido (147 jardas) e Antonio Brown mostra-se como um receiver de elite (90 jardas e 2 TD’s).  A defesa, por seu lado, alinhou pela mesma agulha (3 sacks e um forced fumble com direito a TD e tudo). Numa AFC North onde, aparentemente, os Bengals são favoritos, o renascimento dos Steelers e, sabe Deus, dos Ravens pode ser uma grande notícia para os amantes de emoções fortes.

Dallas Cowboys (2-1)

Épico. Impróprio para cardíacos. Memorável! Vitória à Tony Romo. De fazer amar ainda mais o football! Do inferno ao paraíso em 4 períodos de jogo. De 0-21 a uma vitória por 34-31! Depois da caricata ou dramática derrota dos Cowboys no jogo de abertura da época, os rapazes de Jason Garrett tentam redimir-se o melhor que sabem e o mais rápido que podem. E nada melhor do que apanhar os Titans e os Rams em dois jogos seguidos e, sobretudo, fora de casa. É que achamos que há um medo cénico em relação ao AT&T Stadium nesta equipa dos Cowboys, que parece que nenhum psiquiatra de Arlington ainda conseguiu resolver. E à entrada para a semana 4, os Cowboys passam para 2-1 e ocupam a 2ª posição na NFC East, com os Giants e os Redskins à perna, é certo, mas com a moral bem mais elevada. O problema é que para a semana jogam com os Saints… em casa! Oh Boy!

Cincinnati Bengals (3-0)

Ano após ano, dizemos o mesmo dos Bengals, de Marvin Lewis, de Andy Dalton e de todo o restante roster de Cincinnati: são indiscutivelmente a melhor equipa da AFC North, fortíssimos playoffs contenders, crónicos candidatos a uma presença nas finais de conferência e, quem sabe, no Super Bowl. Mas depois chega Janeiro e é o que sabemos. Será desta que nos vão desmentir? Será desta que Marvin Lewis descobre a fórmula mágica para vencer um jogo na post season? Vamos ver lá mais para frente. Por agora chegam à bye week com um registo imaculado, com 3 vitórias tranquilas. Na semana 5 regressam para uma sequência de 4 jogos duros frente aos Patriots (F), Panthers (C), Colts (F) e Ravens (F). O sucesso da época vai passar por aqui. A ver se a 27 de Outubro, depois da visita a Baltimore, os Bengals ainda vão estar na coluna UP ou já deslizaram inexoravelmente para o lado DOWN.

Down

Tampa Bay Buccaneers (0-3)

0-21! 0-14! 0-21! Estes foram os parciais dos Bucs nos 3 primeiros períodos do jogo de quinta feira passada em Atlanta! 8 TD’s! Bum! Bum! Bum! e… Bum! Alguém roubou os canhões do Raymond James Stadium e levou-nos para o Georgia Dome de Atlanta. A nau (íamos dizer catrineta, mas também já era demais…) de Lovie Smith afundou ao fim de 2 períodos e foi totalmente destruída no 3º período, por uns Falcons de quem, me parece, ainda vamos falar muitas vezes, na outra coluna desta crónica. Quando tudo parecia apontar para uma liderança clara dos Rams na luta pela pick nº1 do draft da próxima temporada, eis que surgem, imponentes e imparáveis, os Buccaneers a reclamarem a sua forte e indiscutível candidatura ao pouco louvável título de pior equipa da liga. Coisa que a história dos Buccs não esteja cheia de exemplos similares. Ah! o jogo acabou em 56-14. No 4º período até deu para Matt Ryan descansar na sideline. Um luxo! Um desastre…

Green Bay Packers (1-2)

Os Green Bay Packers do grande Aaron Rodgers perderam um jogo. Ok! Acontece às melhores famílias, perdão, equipas. Os Green Bay Packers do grande Aaron Rodgers perdeu um jogo em Detroit. E depois? Os Lions de hoje estão muito longe da equipa de coitadinhos de há uns anos atrás. E agora, com Jim Caldwell ao comando de um roster muito equilibrado nos dois lados da bola, são tudo pêra doce e muito menos no Ford Field. Os Green Bay Packers do grande Aaron Rodgers perderam um jogo em que marcaram apenas 7 pontos (!)… Ah! Pois! Isso é que já não é normal! O pior registo atacante num jogo dos Green Bay Packers desde 12 de Dezembro de 2010, quando perderam 7-3… em Detroit. Isso mesmo. Frente aos mesmíssimos Lions. Nada é decisivo nesta altura da época, em termos de derrotas e vitórias, para as equipas da NFL. Mas o festim de ataque que sempre caracterizou os jogo dos Packers ainda não se viu esta época. E Aaron Rodgers desespera por afinar as linhas de passe dos seus receivers. Para a semana vão a Chicago, à casa dos grandes rivais Bears. Má altura para a repetição da exibição anémica do ataque de Green Bay. É que são dois divisional games. E no fim as contas da época passam muito por aí! E é também por aí que passam as esperanças de todas as equipas na luta pelos playoffs.

New England Patriots (2-1)

Ora bem: tampões para os ouvidos? Check! Seguro de vida renovado? Check! Curso de auto defesa completado? Check! Família em local incerto? Check! Ok! Vamos lá então: estes Patriots…SUCKS! Pronto! Já disse. Tom Brady procura, rebusca, pega nos binóculos, escava nos mais reconditos recantos do Gillete Stadium, mas nada. Apenas encontra o Julian Edelman do costume. E o sintoma  mais claro do seu desespero foi a entrevista que deu esta semana à imprensa americana, onde, de forma desassombrada e sem rodeios, acusou os seus colegas de ataque de pouco fazerem para apanharem-lhe os passes. Da crítica apenas se safou, precisamente, Julian Edelman.  Brandon LaFell, como antes Chad Johnson ou Brandon Lloyd, e companhia não atinam com o passing game de Brady… ou será vice versa? Por outro lado, Rob Gronkowsky deixa a dúvida sobre se está mesmo recuperado ou se perdeu de vez o jeito para a coisa! Que saudades dos Gronk spikes nas end zones dos estádios da NFL! E assim se percebe como uma equipa engraçadinha, mas apenas isso, como os Raiders possam fazer frente a uns sonolentos e entediantes Patriots. Ou muito nos enganamos, ou os adeptos de New England vão passar por muitos maus bocados este ano.

About The Author

Pedro Nuno Silva

Português. Duriense de nascimento. Tripeiro de coração. Minhoto por adopção. Numa palavra: nortenho. Ou seja, tinha tudo para ser um ignorante sobre futebol americano. Mas a 2 de Fevereiro de 2009 tudo mudou graças a cerca de 2 minutos de um jogo que era até aí um mistério insondável! Os culpados? Todos os jogadores dos Steelers e dos Cardinals. Mas, em particular, Ben Roethlisberger e Santonio Holmes e aquele touchdown a 30 segundos do final do jogo num equilíbrio improvável e que desafiou as leis da física e se pode colocar ao lado de um qualquer volteio do mais virtuoso bailarino do Bolshoi. A paixão pelo jogo cresceu de tal forma que hoje olho à minha volta e acho estranha tanta algazarra por causa das vitórias do F.C.Porto, da nossa seleccção ou das birras do CR7. Definitivamente tornei-me num alien em pleno coração do Alto Minho!