Up & Down NFL: Week 5

Pedro Nuno Silva 9 de Outubro de 2014 NFL, Up & Down Comments
Up & Down - Week 5

Up & Down NFL: Week 5

Up & Down - Week 5

Up & Down – Week 5

Up

Cleveland Browns (2-2)

Os adeptos dos Browns têm, há muito, as facas bem afiadas e prontas a serem usadas contra Mike Petine, o recém-chegado treinador da equipa de Cleveland, que insiste em deixar sentada no banco a estrela Johnny “Football” Manziel, reluzente escolha de 1ª ronda no draft deste ano. As teorias diziam mesmo que Brian Hoyer jogaria apenas os três primeiros jogos, frente a Steelers, Saints e Ravens e que, depois de convenientemente queimado por três previsíveis derrotas pré-anunciadas, abrir-se-iam, de par em par, as portas para aquele pelo qual o “Dawg Pound” gania, perdão, chorava. Pois as derrotas foram apenas duas e por margens mínimas (27-30 em Pittsburgh e 21-23, em casa frente aos Ravens) e deu até para ganhar a Drew Brees e aos Saints num jogo impróprio para cardíacos. Este fim-de-semana a coisa esteve negra para os rapazes de Cleveland, que chegaram a estar a perder por 25 pontos de diferença em Nashville, frente aos Titans. Mas Brian Hoyer insiste, teimosamente, em mostrar serviço e apontou mais um jogo com 292 jardas e 2 passes para TD, deitando por terra as esperanças de Manziel em tomar as rédeas do ataque da equipa. No final uma vitória épica por 29-28, e, com um registo de 2-2, numa divisão em que os melhores não passam de um registo de 3-2, aos Browns todos os sonhos são ainda possíveis.

San Diego Chargers (4-1)

Só é surpresa para quem já não se lembra do que fizeram os Chargers em 2013. Na AFC West, coutada privada de Peyton Manning e dos Broncos, os rapazes de Mike McCoy demonstram, semana após semana, que são mesmo para levar muito a sério. E com um Philip Rivers absolutamente imperial (com uma média de mais de 2 TD’s por jogo e apenas duas intercepções), a equipa de San Diego “treinou-se” este fim-de semana com os indescritíveis NY Jets, conseguindo manter-se na liderança da divisão. Segue-se uma sequência de 3 jogos com os adversários da AFC West, a começar numa visita aos desesperados Raiders e a acabar, a 28 de Outubro, num palpitante duelo frente aos seus mais fortes rivais Denver Broncos. Estes serão jogos que servirão, decerto, para confirmar o pedigree dos Bolts. Por agora, certificamos a pura classe da linhagem dos Chargers 2014.

Buffalo Bills (3-2)

Dos Bills esperamos sempre pouco. E numa divisão que parece reunir o consenso quanto à sua fragilidade, qualquer feito alcançado por uma das quatro equipas que a constituem (excepção feita aos omnipresentes New England Patriots), parece ser absolutamente irrelevante. Pois, nesta semana 5, deixamos o nosso último registo UP para os Bills! E porquê? Para além da evidência de terem ganho em Detroit e, com isso, conservarem a liderança da divisão antes da recepção aos Patriots, existem duas circunstâncias que devem ter feito sorrir os responsáveis da equipa. Primeiro a mudança de QB decidida por Doug Marrone parece ter surtido todo o efeito, com um Kyle Orton a fazer uso da sua experiência e saber acumulado nas 11 épocas que já leva na NFL, assinando uma exibição segura, com 308 jardas e 1 TD. A segunda circunstância envolve o novo Coordenador Defensivo da equipa, nada mais, nada menos que Jim Schwartz, esse mesmo, o ex-treinador dos Lions que usou e abusou dos seus conhecimentos do ataque da equipa que dirigiu entre 2009 e 2013 para colocar engulhos e pedras no caminho de Mathew Sttaford “y sus muchachos”. É verdade que beneficiou e muito da saída de Calvin “Megatron” Johnson logo nos minutos iniciais do jogo, mas a escassez de pontos do temível ataque de Detroit são bem a ilustração de uma tarde bem passada por Schwartz no seu regresso a Ford Field. Domingo os Bills recebem os Patriots. Boa altura para se deixarem de boas intenções e passarem aos actos, isto é, derrotarem os rapazes de Foxborough e consolidarem a sua posição de líderes da AFC East.

Down

New York Jets (1-4)

Nem nos vamos dar ao trabalho de fazer grandes dissertações para justificar esta nomeação dos Jets! Deixamo-vos apenas as estatísticas! Aqui vão elas:

0 Pontos!

11 first downs!

151 jardas de ataque em todo o jogo… para toda a equipa!

Apenas um 3º down em 12 tentativas… convertido no 4º período!

Apenas por uma vez chegaram à red zone de San Diego… também no 4º período e já com Michael Vick em campo!

Mais: a 7 minutos do fim do jogo apenas tinham conseguido cinco 1st downs e feito 76 jardas (recorde da franquia!) e, cereja no topo do bolo, não tinham sequer entrado no meio campo dos Chargers. Consta até que, numa medida de rentabilização das suas instalações, os responsáveis de San Diego mandaram os funcionários colocar uma placa bem no meio das suas 50 jardas a dizer “For Rent”!

Ah! Domingo vão a Denver, defrontar os Broncos, de Peyton Manning.

Encontramo-nos outra vez aqui para a semana, então!

Minnesota Vikings (2-3)

A ausência de Teddy Bridgewater, o rookie QB que parecia fazer sonhar os fervorosos adeptos dos Vikes, já não prenunciavam nada de bom no duelo da NFC North, em Green Bay, frente aos Packers. A titularidade de Christian Ponder, num ataque órfão de Adrian Peterson e onde Cordarrelle Patterson, o WR, se evidenciou por… não se evidenciar (apenas 2 recepções para 8 jardas…) acabou por levar ao inevitável: uma derrota feia e sem espinhas frente a um Aaron Rodgers implacável e a uns Packers que, na defesa, também não deram vida fácil a Ponder: 6 sacks! Três parciais de 0-14, nos 3 primeiros quartos, 42 pontos sofridos e o quarto período foi já só para amenizar o resultado e pensar nos Lions que vêm aí. O que não vem aí são tempos fáceis para Mike Zimmer, o treinador da equipa de Minnesota que parece não conseguir saber como dar a volta a um texto que se repete, ano após ano, em Minnesota: mais uma loosing season no horizonte para os Vikings!

Cincinnati Bengals (3-2)

Que melhor ocasião queriam os Bengals para derrotarem os Patriots em Foxborough? Com o Gillete Stadium em alvoroço depois da derrota dura em Kansas City e com os rumores de desentendimentos insanáveis entre Tom Brady e os responsáveis da equipa, Bill Belichick e Robert Kraft incluídos, o jogo da madrugada de segunda-feira era uma oportunidade de ouro para Andy Dalton e os Bengals mostrarem o que realmente valem e ganharem na casa de um verdadeiro playoff contender. Mas parece que, como em anos anteriores, ainda existe algum medo cénico nesta equipa de Marvin Lewis, que a parece impedir de ultrapassar o estatuto de “quase candidatos” e passarem a ser vistos com outros olhos. E se muitas vezes os Bengals têm sido, muito justamente, elogiados pela sua solidez defensiva, o jogo de domingo mostrou debilidades preocupantes nesse lado da bola da equipa de Cincinnati, mais ainda frente a uma

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Pedro Nuno Silva

Português. Duriense de nascimento. Tripeiro de coração. Minhoto por adopção. Numa palavra: nortenho. Ou seja, tinha tudo para ser um ignorante sobre futebol americano. Mas a 2 de Fevereiro de 2009 tudo mudou graças a cerca de 2 minutos de um jogo que era até aí um mistério insondável! Os culpados? Todos os jogadores dos Steelers e dos Cardinals. Mas, em particular, Ben Roethlisberger e Santonio Holmes e aquele touchdown a 30 segundos do final do jogo num equilíbrio improvável e que desafiou as leis da física e se pode colocar ao lado de um qualquer volteio do mais virtuoso bailarino do Bolshoi. A paixão pelo jogo cresceu de tal forma que hoje olho à minha volta e acho estranha tanta algazarra por causa das vitórias do F.C.Porto, da nossa seleccção ou das birras do CR7. Definitivamente tornei-me num alien em pleno coração do Alto Minho!