Up & Down NFL: Week 3

Pedro Nuno Silva 25 de Setembro de 2013 Up & Down Comments
Up & Down - Week 3

Up & Down NFL: Week 3

Nota Prévia

Obviamente que aqui deveriam figurar também os Denver Broncos, dado que é, pelo menos até agora, indiscutivelmente, a melhor equipa da Liga (Seahawks incluídos). Mas, caramba, se vamos dar um Up todas as semanas às façanhas de Manning e Companhia, não vai sobrar tempo de antena para mais ninguém. Ah! E que dizer dos Colts em San Francisco, hein?! Uma semana em cheio, não foi? Running Back novinho em folha, a estrear e a marcar logo na primeira drive e vitória em casa do papão da NFC West (será?). Que maravilha para os órfãos de Peyton Manning, se é que ainda se lembram dele no Lucas Oil Field.

UP & Down - Week 3

UP & Down – Week 3

Up

Kansa City Chiefs (3-0)

Não é surpresa nenhuma o arranque de época que a nova equipa de Andy Reid está a fazer. Tudo parece fazer parte de um plano de voo meticulosamente elaborado pelos responsáveis de Arrowhead, desde as escolhas no draft, passando pelas contratações no free agency e as renovações na preseason. E eles aí estão, mostrando um poderio que se adivinhava totalmente desaproveitado nos consulados de Todd Haley e Romeo Crennel. A vitória em Philadelphia era mais do que previsivel, depois de vermos os Chiefs nas duas primeiras semanas. E o mérito de fazerem sombra aos aparentemente invencíveis Broncos já ninguém lhes tira. Vai ser giro ver o que vão fazer com os Giants no próximo fim de semana.

Miami Dolphins (3-0)

Parece mesmo que temos de levar a sério a equipa de Joe Philbin. Já tínhamos ficado impressionados com a vitória, na semana passada, frente aos Colts, em Indianapolis. Esta semana, no primeiro embate em casa, calhou-lhes em sorte a sempre perigosa equipa dos Falcons, de Matt Ryan e Julio Jones. E a consistência mental dos rapazes de Miami foi bem posta à prova. A resposta foi categórica e a vitória veio, mais uma vez, numa comeback win de Ryan Tanehill. E assim, sem que ninguém contasse, os Dolphins fazem 3-0, pela primeira vez em mais de 10 anos. Os Patriots que se cuidem.

Chicago Bears (3-0)

Não é muito bom elogiar Jay Cuttler e os Bears. Normalmente quando isso acontece, os egos do QB de Chicago começam a inchar de forma imparável e… BUMMM! lá se vá mais uma época sem nada de jeito na sala de troféus do Soldier Field. Mas este ano, com a chegada de Marc Trestman, vindo da liga canadiana, a equipa de Soldier Field parece querer mostrar em 2013, que o tempo das promessas já lá vai e que o tempo das conquistas é agora. A vitória categórica em Heinz Field, frente a uns irreconhecíveis Steelers, depois do emocionante duelo da semana passada frente aos Vikings, somou quilos de confiança aos homens da Windy City. Só esperamos que o ego de Cuttler aguente com tanta vitamina.

Down

New York Giants (0-3)

Maus dias todos temos. Mas o que se (não) viu no domingo no jogo dos Giants frente aos Panthers foi um bocadinho demais… ou deveria dizer de menos? Depois das derrotas frente aos Cowboys e aos Broncos, que foram, afinal, frente a equipas, teoricamente, do mesmo nível, pensava-se que a deslocação a Charlotte pudesse marcar o início das habituais e mágicas reviravoltas da equipa de Tom Coughlin. Pois sim! Cam Newton e os Panthers aplicaram uma sova das antigas aos G Men (38-0) que acabaram o jogo a imitar o ar de suprema derrota de Eli Manning, com as mãos a tapar a cara. E o que mais impressiona é que, nos 3 jogos disputados pelos Giants nesta época regular, a equipa nunca conseguiu não sofrer menos de 35 pontos. Nem os Jaguars fizeram pior. Assim, não vão a lado nenhum…

Minnesota Vikings (0-3)

Conseguiram um feito que não está ao alcance de todos: perder com os Cleveland Browns! Em casa… Na semana em que estes fizeram aquele que é, para muitos, o pior negócio da NFL dos últimos anos. Bom! Exageramos um bocado. A compra de Kevin Kolb, pelos Cardinals, em 2011 pede meças… Ou os negócios de Bellichick com Albert Haynesworth e Chad “85” Johnson… ou… Ok! Talvez não tenha sido um negócio assim tão mau afinal! Mas ainda assim os Vikings teimam em conseguir… não vencer. Deve doer muito aos adeptos de Minnesota pensar que a única época quase gloriosa dos últimos anos foi conseguida à custa do talento de Brett Favre, vindo dos odiados Packers. A imagem do filho de Adrian Peterson, no fim do jogo, a olhar com olhos incrédulos para o pai, como quem lhe pergunta, “ O que é isto pai?” é a foto perfeita da enorme desilusão que invadiu os adeptos que lotavam o velhinho Metrodome. Mais uma época perdida. Já agora: arranjem lá um QB a sério!

San Francisco 49ers (1-2)

Uma dura lição foi aquela que os Niners sofreram a semana passada em Seattle. Uma derrota preocupante foi o que aconteceu esta semana em Candlestick Park, frente aos Colts. Pela clareza dos números. Pela inesperada insegurança da defesa (Aldon Smith! O que andas a fazer, rapaz?), pela imprecisão do ataque, com um Collin Kaepernick a defraudar os milhões de fantasy players (4 míseros pontos, foi o que consegui esta semana com o QB de San Francisco! Só mesmo um kicker em maus dias dá tão poucos pontos). E no espírito de Jim Harbaugh a dúvida deve começar a nascer, a crescer e a doer: terá sido mesmo boa ideia ter despachado Alex Smith para Kansas City? E já na próxima madrugada de 6ª feira têm pela frente os Rams, em St.Louis. Vai ser uma boa altura para percebermos se se trata apenas de um começo periclitante dos 49ers ou será mesmo verdade que a tão louvada NFC West, a mais forte e competitiva divisão da NFL, não vai passar afinal de uma coutada privada para Pete Carroll, Russell Wilson e os Seahawks.

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Pedro Nuno Silva

Português. Duriense de nascimento. Tripeiro de coração. Minhoto por adopção. Numa palavra: nortenho. Ou seja, tinha tudo para ser um ignorante sobre futebol americano. Mas a 2 de Fevereiro de 2009 tudo mudou graças a cerca de 2 minutos de um jogo que era até aí um mistério insondável! Os culpados? Todos os jogadores dos Steelers e dos Cardinals. Mas, em particular, Ben Roethlisberger e Santonio Holmes e aquele touchdown a 30 segundos do final do jogo num equilíbrio improvável e que desafiou as leis da física e se pode colocar ao lado de um qualquer volteio do mais virtuoso bailarino do Bolshoi. A paixão pelo jogo cresceu de tal forma que hoje olho à minha volta e acho estranha tanta algazarra por causa das vitórias do F.C.Porto, da nossa seleccção ou das birras do CR7. Definitivamente tornei-me num alien em pleno coração do Alto Minho!