NFC North: Previsão Temporada 2015

João Malha 8 de Setembro de 2015 NFC North, NFL Comments
NFC North

NFC North: Previsão Temporada 2015

Aaron Rodgers. Esta é a palavra-chave da NFC North. Todos os olhos estarão sobre o QB dos Green Bay Packers. E devido a Rodgers, a formação conhecida como Cheeseheads é mais uma vez a favorita a ganhar a divisão, para além de uma das principais candidatas ao Super Bowl.

Green Bay Packers

A grande questão que se coloca é se os Packers vão conseguir resistir às lesões. A preseason foi madrasta para Rodgers, que se viu sem a sua maior arma e alvo, o receiver Jordy Nelson, que fez uma rotura de ligamentos e não jogará mais esta época. A outra dúvida é se a equipa já recuperou da derrota choque que sofreu na final da NFC quando parecia já estar assegurado o título da conferência e acesso ao Super Bowl.

Lesões à parte (até porque apesar de vários sustos nos jogos da Preaseason, apenas Nelson se confirmou como lesão grave), os Packers partem como claros favoritos na NFC North. Davante Adams poderá ser o próximo alvo de Rodgers a afirmar-se e Eddie Lacy tem mais uma oportunidade para se mostrar como um dos melhores RB da NFL. No lado defensivo, resta saber se a equipa melhora contra o running game, que foi o único calcanhar de aquiles da equipa.

Minnesota Vikings

Se o ano passado a equipa melhorou significativamente sob a liderança de Mike Zimmer, especialmente em termos defensivos, a temporada 2015 poderá marcar uma nova era da equipa com o QB Teddy Bridgewater a mostrar que tem nível para ser uma referência na Liga, num ano onde o RB Adrian Peterson regressa depois de um ano de suspensão. A expectativa é enorme e muitos olhos estão sobre os Vikings que poderão regressar aos playoffs.

O leque de receivers deixa algumas dúvidas, é certo, o que faz presumir uma enorme carga para Peterson, cuja resposta depois de um ano de ausência e agora com 30 anos é uma incógnita. A defesa tem vindo a melhorar ano após ano, graças ao grande enfoque da equipa na defesa em termos de escolhas no draft nos últimos três anos. Em 2015 adicionaram o CB Trae Waynes e o ILB Eric Kendricks, que poderão ser duas referências nas suas posições ao longo de vários anos.

Tudo leva a crer que os Vikings voltarão a ter um registo positivo entre vitórias e derrotas, algo que não tem acontecido nos últimos anos. Será suficiente para assegurar um lugar nos Playoffs?

Detroit Lions

A perda de um dos melhores defesas (e dos mais duros e sujos…) da Liga, Ndamukong Suh, que partiu para os Dolphins, poderá ser fatal para as aspirações de uma equipa que passou aos playoffs na época passada. É certo que trouxeram Haloti Ngata para superar a perda de Suh, não será a mesma coisa mas é sem dúvida uma excelente adição ao roster. Por outro lado, a equipa mantém uma das mais eficazes duplas da NFL, o QB Matthew Stafford e o WR Calvin Johnson, que será sinónimo de muitos pontos e TD para os Lions. Outro dos destaques deverá ser o rookie RB Ameer Abdullah, sob quem recaem muitas atenções, com altas expectativas. Se Abdullah confirmar o seu valor, o ataque dos Lions poderá ser dos mais fortes da NFL em 2015, onde pontua ainda o receiver Golden Tate, que fez uma excelente época em 2014, após ter ingressado na equipa proveniente dos campeões Seahawks.

Na defesa é que surgem muitas dúvidas, pois para além da perda de Suh, também o seu colega de linha defensiva Nick Fairley e CJ Mosley saíram. Para uma defesa que era a segunda da liga em pontos e jardas permitidas atrás da formação de Seattle, estas perdas poderão ditar uma diminuição de valor. E era a melhor contra o Running game. Pouco provável que consiga voltar a sê-lo sem Suh e Fairley… Cabe a Ngata e Tyrunn Walker fazer esquecer a dupla.

E os efeitos da perda na linha defensiva poderá estender-se ao resto da defesa. O Free Safety Glover Quin liderou a liga em interceções na temporada passada, mas quanto terá contribuído a pressão dos enormes DT’s? Sobram pontos de interrogação que os primeiros jogos da época irão responder. A grande questão será mesmo se a defesa será forte o suficiente para garantir nova presença na postseason, pois a qualidade do ataque não deixa dúvidas sobre uma resposta positiva à mesma questão.

Chicago Bears

Pior é impossível. Depois de um ano horrível, muita coisa mudou na Windy City, com a principal alteração a ser a contratação do treinador John Fox, proveniente dos Broncos. A defesa era simplesmente um pesadelo, a bater todos os recordes negativos e mais alguns da franquia. E o ataque deixou sempre muito a desejar, acima de tudo pela inconsistência do QB Jay Cutler que tem este ano a última oportunidade de provar que é o homem para fazer o trabalho em Chicago.

É certo que Alshon Jeffery deverá ser uma grande arma de Cutler, assim como Eddie Royal, proveniente dos Chargers, porém a provável ausência do rookie WR Kevin White, a primeira escolha do draft dos Bears, que poderá falhar a época, é uma enorme fatalidade numa equipa que precisava de melhorar a todos os níveis.

Em termos defensivos, a contratação do técnico Vic Fangio, que liderava uma das defesas de referência da NFL em São Francisco, e a adição de Pernell McPhee, dos Ravens, que conseguiu 7.5 sacks em 2014, são trunfos valiosos, mas o trabalho é tanto que não é expectável ver grandes melhorias face ao ano passado.

A divisão é demasiadamente competitiva para acreditar num milagre de um ano para o outro. São esperadas melhorias, mas longe de poder-se sonhar com acesso aos playoffs.

Previsões

Favorito: Green Bay Packers

Candidato a surpresa: Minnesota Vikings

Rookie a não perder de vista: Ameer Abdullah (RB – Lions)

Melhor jogador: Aaron Rodgers (QB – Packers)

Man on the wire: Jay Cutler (QB – Chicago Bears)

About The Author

João Malha

Profissional da área de comunicação e marketing, e sempre ligado ao desporto, sempre me fascinou o conceito de showbiz dos norte-americanos no que toca à promoção de qualquer espectáculo desportivo. Quando em 2003, a SportTv transmitiu pela primeira vez o Super Bowl, com estrondosa vitória dos Buccaneers de John Gruden sobre os Raiders, a curiosidade cresceu e ano após anos comecei a seguir as transmissões do maior evento desportivo mundial. Mas como em tudo na vida (pelo menos na minha forma de estar), é preciso um motivo mais forte para nos agarrarmos às coisas. Uma paixão que nos alimenta. E foi isso que aconteceu em 2010, aquando da final de Miami, ganha pelos Saints frente aos Colts do lendário Peyton Manning. Nesse dia senti finalmente que aquela era a minha equipa! E o aparecimento da ESPN America ajudou a não mais largar este desporto espectacular, que sigo semanalmente. Na Week 1 da temporada 2012/2013, cumpri o sonho de ir ver um jogo dos Saints ao vivo, ao Mercedes-Benz Superdome. Não vi os Saints vencerem, mas quem sabe se não terei a oportunidade de dizer que assisti ao primeiro jogo na NFL de um dos maiores QB’s da sua história, Robert Griffin III. Ver os Saints ao vivo foi uma experiência única que me faz olhar para o desporto com outros olhos. Quero saber mais e mais sobre o jogo, a sua história, lendas, regras, tácticas, etc. Let’s play ball!!!!