Philadelphia Eagles: First Look 2015

Paulo Pereira 5 de Junho de 2015 Equipas NFL, NFL Comments
Philadelphia Eagles

Philadelphia Eagles: First Look 2015

O training camp dos Philadelphia Eagles será um dos mais intrigantes de acompanhar. Essa intriga, alimentada pelos movimentos offseason de Chip Kelly, que se despediu de LeSean McCoy, indo buscar um running back ao rival Cowboys (DeMarco Murray) e viu partir Jeremy Maclin, é aumentada exponencialmente pela presença sempre mediática de Tim Tebow. O ex-Gator, na sua 2ª incursão na NFL, será uma figura magnética, atraindo atenções e transformando o campus numa espécie de circo, salivante pelas aventuras dos quarterbacks. Também aqui a offseason trouxe novidades. E que novidades. Nick Foles foi despachado, pretensamente por não se encaixar no esquema táctico que Kelly quer implementar em Philadelphia e, em sua substituição, chegou uma promessa adiada…e injury prone. Sam Bradford, com graves lesões nos dois últimos anos, será o franchise quarterback desejado? Ou existirá espaço para Mark Sanchez, Matt Barkley e Tim Tebow lutarem e reivindicarem um lugar ao sol?
Como afirma o head coach, num daqueles lugares-comuns que, neste caso, fazem sentido, “everybody’s in competition”. No spotlight dos media, eis o que será imperdível:

Quarterback

É, parece-me, uma competição em aberto, não existindo um nome consensual. Sam Bradford ainda recupera do torn ACL que destruiu a sua temporada de 2014. Nos OTAs, os reportes deram conta de algum desconforto de Bradford em jogadas corridas, com uma visível dificuldade de locomoção na perna operada. Kelly, tal como vez em 2013 com Foles e Michael Vick, deixará que seja a competição nos treinos a ditar o titular. O joelho esquerdo de Bradford e o seu desconhecimento do sistema ofensivo darão alguma vantagem a Mark Sanchez, que assumiu as despesas em 2014, em 8 jogos, alternando o bom com o mediano/medíocre. Logicamente que existe um investimento em Bradford, por quem os Eagles trocaram Nick Foles e uma pick de 2º round, mas Sanchez pode aproveitar as debilidades físicas do seu colega/adversário. Quanto ao resto, há óbvia curiosidade em ver a pretensa evolução de Tebow, um quarterback que foi sempre errático no passe, mas cujas skills com as pernas o tornam um produto a merecer tempo de antena.

Secundária

Um – ou O – dos calcanhares de Aquiles da equipa, viu chegar Byron Maxwell, um dos integrantes da defesa dos Seahawks. Maxwell é um upgrade imediato no posição de cornerback, tal como Malcolm Jenkins o é como safety. Restam duas posições para ser agarradas por quem as merecer. Do draft veio Eric Rowe, pick de 2º round, que terá uma feroz disputa com Nolan Carroll pelo outro posto de cornerback, sabendo-se que, na defesa nickel usada amiúde no ano passado, Carroll desempenhou a preceito uma posição híbrida, entre corner e linebacker. Para safety, para além de Earl Wolf e Jaylen Watkins, os Eagles recrutaram um nome intrigante. Walter Thurmond, também um ex-integrante da Legion of Boom, apareceu no radar depois do seu curto período em Nova Iorque, com os Giants. Thurmond, cornerback de posição, irá ser usado agora como safety, numa procura evidente de capitalizar as suas qualidades.

Linha Ofensiva

Permanecendo ainda a dúvida em relação a Evan Mathis – os Eagles quiseram trocá-lo, ou não? – a unidade começa a ser depurada. Allen Barbre, que era dado como o substituto natural de Todd Herremans no posto de right guard, começou a ser usado nos OTAs como left guard. Essa mudança gerou algum burburinho, pela questão ainda em aberto. Estarão os Eagles a preparar-se para perder Mathis, que permanece numa disputa contratual e esteve ausente destas actividades, ou a utilização de Barbre funcionou apenas como uma forma de pressão sobre Mathis e o seu braço-de-ferro? Não seria mais licito, caso a equipa espere a chegada de Mathis, deixar Barbre do lado direito, permitindo que este ganhe alguma química com o center (Jason Kelce) e o rith tackle (Lane Johnson)? A situação da OL será, tal como a de quarterback, uma das que mais atrairá atenções na preseason.

artigo inspirado no original de Phil Sheridan, staff writer da ESPN

About The Author

Paulo Pereira

O meu epitáfio, um dia mais tarde, poderá dizer: “aqui jaz Paulo Pereira, junkie em futebol americano”. A realidade é mesmo essa. Sou viciado. Renascido em 2008, quando por mero acaso apanhei o Super Bowl dos Steelers/Cardinals, fiz um reset em [quase] todos os meus dogmas. Aquele desporto estranho, jogado de capacete, entranhou-se no meu ADN, assumindo-se como parte integrante da minha personalidade. Adepto dos Vikings por gostar, simplesmente, de jogadores que desafiam os limites. Brett Favre entra nessa categoria: A de MITO.