Drive Me Crazy!: A Anatomia do Field Goal

Marco Castro 8 de Outubro de 2015 Drive me Crazy Comments
bellyhex

A Anatomia do Field Goal

A pressão era muita. Registo de três derrotas e nenhuma vitória, jogo em casa contra uma equipa desfalcada, a obrigatoriedade de vencer pela primeira vez esta temporada e logo perante os fãs da equipa. A partida em si equilibrada, touchdown aqui, field goal ali, ora lidero eu, ora lideras tu, emoção no ar e o relógio a caminhar a seu belo prazer. Mas eis que estamos a 1:51 do fim e Terrance Williams resolve apanhar um passe de 17 jardas de Brandon Weeden, anulando a vantagem de 7 pontos dos Saints e empatando a coisa a 20-20. No tempo que resta, Drew Brees coloca a equipa a 30 jardas da endzone e está feito, visto que 16 segundos chegam e sobram para o field goal fácil que dará a vitória aos Saints. O que ninguém podia adivinhar ou prever, era que Zach Hocker seria alvo de tamanha distracção, ainda por cima, vinda de um fã da equipa da casa. Com um alvo assim é impossível ver mais alguma coisa e o melhor que o kicker dos Saints conseguiu fazer, foi rematar ao poste. Ou então, a confiança do senhor era tal, que tudo fez para ver um pouco mais de football, graças ao overtime. Neste caso muito pouco, já que Drew Brees precisou apenas de 3 segundos para disparar um míssil de 18 jardas na direcção de C.J. Spiller, que correu mais 62 jardas para a vitória dos Saints. Resultado: lá foi o senhor todo contente para casa, com a barriga cheia. De football, claro está.

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Palavras para quê, é o futebol americano em toda a sua glória

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Marco Castro

Cheguei ao Futebol Americano em 2006. Estava de férias em New Bedford, estado de Massachusetts, quando perguntei a um amigo meu aqui emigrado que me explicasse as regras deste jogo. Perguntei-lhe também qual a equipa dele e como nesta matéria estava a zeros, optei por seguir o seu conselho e dar mais atenção a uns tais de Patriots. No regresso a Portugal, consumei este namoro muito graças ao NASN (mais tarde ESPN America), o canal de desporto americano que existia na TV por cabo. Lembro-me de achar "cool" esses tais de Patriots, com os seus capacetes e calças prateadas e lembro-me igualmente de começar a investigar um pouco mais sobre um certo Tom Brady. Hoje em dia sou um Patriota fanático, (aliás, criei e faço a gestão da página de Facebook Patriots Portugal www.facebook.com/patriotsportugal), coleccionador de todo o tipo de merchandising desta equipa e acima de tudo, sofredor Domingo após Domingo, em frente à televisão, colado ao Gamepass (melhor invenção do homem, depois da roda). No trabalho e entre amigos, sou um pouco visto como "lá vem este com o futebol americano só porque foi aos Estados Unidos". Vivo bem com isso. Aliás, tento explicar-lhes "há mais táctica e estratégia neste jogo, do que nas outras modalidades todas juntas" e acrescento "é um jogo espectacularmente justo". Nada os demove a eles, mas também nada me demove a mim! Razão pela qual continuarei a alimentar esta minha paixão Patriota e o sonho de um dia, assistir a um jogo em pleno Gillette Stadium (já lá estive, mas o preço dos bilhetes adiou-me a sua concretização). Se num destes dias os Patriots vencerem o 5º SuperBowl, já sabem, podem encontrar-me a festejar (provavelmente sozinho, ou talvez não) em pleno Marquês de Pombal!