College: Análise Week 1, 2 e 3

Paulo Pereira 29 de Setembro de 2012 Análise Jogos College Comments

Três semanas depois do seu início, como está o College Football? Pretendemos, com esta série de artigos, tomar o pulso da competição que fornece a NFL. Uma competição onde o termo jogar “por amor à camisola” ainda serve de slogan. Centenas de universidades competem, em várias conferências, num evento acompanhado, ao vivo e pela televisão, por milhões de espectadores. Existe um forte apego estadual, no apoio a cada universidade, onde temas como a honra, o brio, o respeito pelos fundamentos de cada escola ainda pesam de forma significativa. Num microcosmo peculiar, temos de tudo semanalmente: emoção, tensão e jogadas coreografadas ao mais ínfimo pormenor, verdadeiros bailados nos tapetes verdes, que criam momentos sublimes.

A temporada, mesmo com as suas discrepâncias qualitativas, que tornam alguns jogos meros exercícios de massacre, tem conseguido alguns resultados surpreendentes, com equipas no top-25 a serem surpreendidas por outras sem qualquer pedigree. Exemplos: a escandalosa derrota de Arkansas (nº 8 do ranking) frente à modestíssima Louisina-Monroe, onde pontifica um nome a reter: Kolton Browning, o quarterback da equipa. Browning tem revelado qualidade bem acima da média, tendo estado bem perto de derrotar novo peso-pesado, na semana 3, perdendo para Auburn no prolongamento. Também Wisconsin, tradicionalmente uma das equipas mais conceituadas da prova (actualmente no nº 13 do ranking) foi surpreendida por Oregon State, universidade em baixa nos últimos anos. O mesmo destino sofreu Virginia Tech (nº 13), às mãos de Pittsburgh. Nem Logan Thomas, quarterback de Virginia Tech e um dos mais afamados da nação, conseguiu evitar o percalço, que terá sérias repercussões no apuramento para uma Bowl nacional.

Os Candidatos

Alabama Crimson Tide

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A equipa dos Alabama Crimson Tide em celebração

Os campeões em título continuam fortíssimos. Liderados por Nick Saban, um verdadeiro mito como head coach, a universidade parece ter conseguido resistir às saídas de verdadeiras estrelas. Trent Richardson, Dont’a Hightower ou Mark Barron são agora apenas lendas que figuram nos anais desportivos. Terminado um ciclo, que culminou na vitória na final nacional contra LSU, Alabama soube reinventar-se, com um recrutamento agressivo, mantendo a tradicional qualidade defensiva. O exemplo perfeito é Dee Miliner, um defensive back que se tornou o líder da defesa. Destroçando na semana 1 a equipa de Michigan, onde joga Denard Robinson, um dos mais empolgantes atletas da actualidade, Alabama deu um forte sinal à concorrência, mostrando querer revalidar o título. Se mais exemplos fossem necessários, a exibição na semana 3, jogando fora com Arkansas, mostrou que os adversários os devem temer. Um correctivo implacável, onde sobressaiu o jogo corrido, com 3 running backs poderosos.

LSU

Os finalistas vencidos do ano passado continuam a perseguir o sonho do título, mesmo perdendo um dos seus atletas mais emblemáticos. Tyrann Matthieu, cornerback, constitui uma baixa de peso (foi afastado do programa da universidade por ter falhado repetidos testes anti-droga). Continuando com o seu jogo assente nos mandamentos que a têm levado ao sucesso (defesa coriácea e um forte jogo corrido), venceu folgadamente North Texas, Washington e Idaho. Tem alguns dos melhores prospects do País: Barkevious Mingo, um defensive end com excelentes skills no pass rush, Sam Montgomery, o seu parceiro do lado oposto e Eric Berry, o safety que domina o fundo do campo.

USC

Afastada da ribalta, depois das fortes penalizações que impediram a universidade de recrutar jogadores e participar em Bowls, USC está de regresso e com fortes aspirações, que sofreram um brutal revés com a derrota na semana 3 frente à sua Némesis, Stanford. Se as vitórias iniciais contra Hawaii e Syracuse tinham mostrado um jogo consistente, no primeiro grande teste do ano a equipa fracassou. O título, ainda não uma miragem, está agora mais dependente de resultados alheios (leia-se derrotas das equipas aqui mencionadas como candidatas). E a candidatura de Matt Barkley ao Heisman Trophy regrediu, após a decepcionante exibição, com duas intercepções e uma incapacidade de gerir a pressão que Stanford colocou na defesa.
As principais estrelas estão no ataque. O quarterback Matt Barkley e os wide receivers Robert Woods e Marqise Lee. Estes combinaram, nos dois primeiros jogos, para 398 jardas e 8 touchdowns.

Oregon

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A equipa dos Oregon Ducks

Os Ducks, mesmo perdendo LaMichael James (o running back actualmente nos 49ers), continuam a perseguir afincadamente o título (perderam na final, em 2010, para Auburn de Cam Newton). Beneficiando duma série de mecenas, a universidade teve um “boom” no crescimento das instalações desportivas, conseguindo implementar um sábio recrutamento, meio caminho andado para o sucesso. Actualmente no nº 4 do ranking, Oregon tem cumprido as formalidades semanais, despachando adversários menos cotados, enquanto aguarda por embates mais renhidos. Nomes a destacar, na nova fornada de talentos: Marc Mariota, o novo quarterback, Kenjon Barnes, De’Anthony Thomas e Byron Marshall, os novos donos do jogo corrido.

Sensações

Clemson

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A equipa de Clemson tem conseguido surpreender esta época

Confesso a minha simpatia pelo programa dos “laranjas”. A defesa tem sido o calcanhar de Aquiles da equipa, que no entanto cresceu desmesuradamente, atingindo em 2011 uma Bowl principal (onde foram arrasados por West Virginia). Com jogadores empolgantes (o quarterback Tajh Boyd, o wide receiver Sammy Watkins e o running back Andre Ellington), Clemson apresenta um ataque demolidor, com inúmeras jogadas que levam ao rubro a multidão que os venera. 2012 tem sido a continuação do ano passado, com os adversários a serem atropelados. Fica a faltar um teste, com um adversário mais sólido, para perceber se é este ano que a equipa entra no lote restrito de candidatos. Acontecerá já na semana 4, quando defrontarem os Seminoles de Florida State, equipa do top-10 da nação americana.
Vanderbilt – Pode parecer estranho eleger uma universidade que tem mais derrotas do que vitórias, nesta temporada. Mas Vanderbilt tem vindo a trilhar um caminho de competência, apostando na maturação do seu programa para se tornarem competitivos. E a universidade, que era o patinho feio na SEC, a mais emblemática e poderosa conferência, tem conseguido alguns resultados interessantes. Falta-lhe experiência para poder segurar vantagens no último período, onde a equipa tem claudicado. Curiosamente é aqui que joga Jordan Rodgers, o irmão mais novo de Aaron Rodgers.

Ohio State

Universidade renomada, berço de alguns atletas notáveis, continua a sua travessia do deserto, após as severas sanções impostas pela NCAA, pelas inúmeras ilegalidades detectadas no reinado de Jim Tressel. Sem poder competir em Bowls ou lutar pelo título de divisão, viu-se incapaz de atrair prospects interessantes. A solução encontrada para evitar o descalabro provocou sensação e deu uma lufada de ar fresco ao programa. Urban Meyer, idolatrado na Florida pela hegemonia que vincadamente os Gators souberam criar, chegou em 2012, para colocar ordem na casa. Bastou o seu nome ser vinculado à universidade para levar alguns dos melhores jogadores de high school a assinarem por Ohio. A equipa, a quem falta clara maturidade, tem criado expectativas elevadas aos seus fãs. Para já continuam invictos, mesmo sofrendo um valente susto para derrotarem a débil California, no último sábado.
Georgia – Os Bulldogs têm conseguido algum hype em seu redor. Actualmente no nº 7 do ranking, a equipa tem aparentemente aquilo que é requerido para poder almejar o título. Um ataque sólido, com um quarterback experiente (Aaron Murray) e uma defesa intratável têm permitido que Georgia vença, denotando mecanismos que os tornam uma equipa a ter em conta.

Texas

Os Longhorns, depois de um período de hibernação, parecem estar de regresso à ribalta. Actualmente no nº 14 do ranking, venceram os 3 jogos de 2012, com a deslocação a Ole Miss a ser ultrapassada com enorme brilhantismo. Beneficiando do crescimento e maturidade que o grupo de jovens, reunidos há dois anos, revela agora, os Longhorns têm armas na defesa que os tornam putativos candidatos a vencer a divisão e, quiçá, uma das Bowls principais. Alex Okafor (defensive end, no seu ano senior), Jackson Jeffcoat (defensive end, ainda júnior) e Carrington Byndon (cornerback, igualmente no ano júnior) são jogadores valiosos, que temperaram a defesa com qualidade. No ataque, a opção por Davis Ash, em detrimento de Case McCoy (irmão de Colt McCoy), para quarterback tem-se revelado acertada. Os Longhorns estão de volta…
Florida Gators e Notre Dame são duas equipas a manter debaixo de apertada vigilância. Ainda invictos, ao fim das três primeiras semanas, têm amealhado elogios e conseguiram, cada uma, vitórias de elevado grau de dificuldade (os Gators derrotando Tennessee e Notre Dame dizimando, com uma soberba prestação defensiva, a forte equipa de Michigan State).

Desilusões

Kansas

Com Charlie Weis (coordenador ofensivo dos Jets, Chiefs e Patriots, bem como coordenador ofensivo nos Gators e head coach de Notre Dame) no comando esperava-se bem mais da universidade que disputa o Big 12. Duas derrotas, em 3 partidas, dão bem conta da enorme dificuldade que Weis tem tido para implementar o seu sistema de jogo.
Auburn – Já não há Cameron Newton, mas nem isso servirá de desculpa para as duas derrotas consecutivas, frente a Clemson e Mississipi State. O panorama só não é mais catastrófico porque conseguiram vencer Louisiana-Monroe no prolongamento. Mas a universidade está longe de poder ficar satisfeita com esse triunfo. As tabelas estatísticas dão bem conta da pobreza exibicional: 113º lugar em jardas passadas, 59º em jardas corridas e 105ª posição em pontos conseguidos. Em apenas 3 partidas Auburn permitiu aos adversários a obscena marca de 1.396 jardas.

Penn State

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A equipa de Penn State

A alma mater de Joe Paterno anda pelas ruas da amargura, neste renascimento das cinzas, no pós-escândalo que abalou os alicerces do programa de futebol. Na offseason existiu uma debandada das suas principais estrelas, descontentes com a repercussão que o caso de abusos sexuais poderia ter na reputação da escola. Na jornada inaugural, no próprio estádio repleto por fãs devotos (mais de 100.000 espectadores), numa evidente prova de união, a equipa sofreu um upset de Ohio (os Bobcats, sem grande tradição no futebol). Na semana seguinte, como se o karma os andasse a perseguir, assistiram incrédulos ao falhanço de 4 field goals por parte do seu kicker, Sam Ficken, um deles no último segundo que daria a vitória.
Wisconsin – É certo que perderam Russell Wilson, agora empossado quarterback nos Seahawks, mas sempre foi predominante na universidade o jogo corrido. John Clay, James White e Montee Ball formaram, em anos anterior, um tridente ameaçador, que assustava os opositores. Montee Ball, estranhamente contido este ano, está longe da performance do ano passado, onde conseguiu a espantosa marca de 49 touchdowns. A ausência do jogo corrido levou já ao despedimento do coordenador ofensivo, numa desesperada tentativa de reverter os acontecimentos.

Atletas em Destaque

São milhares, muitos deles com enorme qualidade, sendo quase impossível enumerar aqueles que, semanalmente, se evidenciam. Fiquem com alguns nomes (para além dos citados no decorrer do artigo) que estarão, nos próximos anos, na ribalta na NFL:

Geno Smith, QB (West Virginia)

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Geno Smith, Quarterback da equipa de West-Virginia

O termo pistoleiro cola-se a ele, como uma segunda pele. Verdadeiro dínamo no ataque dos Mountaineers, Smith é a principal atracção da Big 12, a conferência onde pontificam Oklahoma State, Baylor e os Texas Longhorns. Geno Smith tem demonstrado, nos dois jogos de 2012 (West Virginia tem uma partida a menos) uma precisão espantosa. 9 TD, zero INT e apenas 9 passes falhados. Ou seja, Smith tem tantos touchdows passados quanto o número de passes falhados. O último quarterbacks a realizar algo similar? Robert Griffin III. Mas não se façam comparações entre ambos, pouco benéficas para quem tem ainda tanto por provar. Smith é mais um quarterback de pura presença no pocket, pese ter mobilidade e capacidade para realizar jogadas com os pés.

La’Veon Bell, RB (Michigan State)

Se alguém visse a última exibição dele, na derrota que os Spartans averbaram contra Notre Dame, não teria ficado impressionado. 19 corridas para apenas 77 jardas não são um pecúlio que provoque entusiasmo, mas em defesa do running back está a pobre exibição da equipa, que claudicou em todas as frentes nessa partida. La’Veon Bell é um jogador explosivo, dotado de enorme velocidade, capaz de ser consistente em quase todas as partidas. É, sem dúvida, um dos nomes a reter.

Collin Klein, QB (Kansas State)

Os seus detractores insistem em desvalorizar os feitos do jogador, incidindo o rol de críticas na sua limitada habilidade para passar. Collin Klein tem sido o abono de família de Kansas. Jogador imprevisível, não foge ao estereotipo do quarterback universitário, pouco paciente para permanecer no pocket e encontrar um alvo. Klein usa bastante o seu poder físico para realizar jogadas (e finaliza-las, muitas vezes) com os pés, tornando-se uma dupla ameaça. Na offseason treinou denodadamente o seu lançamento, factor que se pode revelar crucial no desenvolvimento da temporada. No seu ano senior, merece ser acompanhado com alguma atenção.

Brett Hundley, QB (UCLA)

Não consigo deixar de me espantar com a capacidade regeneradora do futebol americano, que produz atletas talentosos à velocidade da luz. Cada vez mais precoces na maturidade e na absorção do grau de exigência requerido para jogar em universidades históricas, vão aparecendo amiúde jogadores que merecem ser reconhecidos pelos seus feitos. É o caso da minha nova paixão. Brett Hundley, quarterback de UCLA, uma universidade que procura regressar à ribalta. No seu ano freshman, Hundley tem uma capacidade galvanizadora que se alastra aos fãs, tornando cada jogo da universidade californiana em verdadeiras celebrações. Em 3 jornadas, duas partidas acima das 300 jardas, com um rácio favorável de TD/INT em 8-3. Produzindo também com os pés, revelando não ter receio de se expor fisicamente a tackles, Hundley tem ainda um longo caminho a trilhar. Mas decorem o seu nome. Acredito que, com o devido acompanhamento, será um produto apetecível, daqui a 4 anos.

Eddie Lacy, RB (Alabama)

O junior de Alabama é apenas mais um exemplo na já longa linhagem de excelentes running backs produzidos pela universidade. Contando com forte concorrência no grupo, Lacy tem conseguido o seu espaço, já com 4 touchdowns nas 3 primeiras jornadas.

Denard Robinson, QB (Michigan)

Empolgante. E desconcertante. Qualquer adjectivo servirá para caracterizar o electrizante jogador dos Wolverines. Não tendo um braço canhão, consegue realizar a maioria dos lançamentos, com alguma precisão. Mas é com os pés que ele se transforma numa arma letal. É um colecionador de jardas terrestres, conseguindo por várias vezes ultrapassar as 200 jardas, no mesmo jogo, lançando e correndo (como aconteceu na semana 2). 698 jardas passadas (6TD e 4 INT) e 351 jardas corridas (4 TD).

De’Anthony Thomas, RB (Oregon)

De'Anthony Thomas

De'Anthony Thomas, Running Back dos Oregon Ducks
Fonte da Imagem: Steve Dykes/Getty Images

O que mais impressiona em Thomas é que ele é ainda sophomore. É um dos mais talentosos e polivalentes jogadores da equipa. Dotado de enorme velocidade, consegue galgar jardas atrás de jardas, revelando-se precioso e perigoso quando aparece fora do backfield, onde funcionada como um receiver com óptimas mãos. A sua contribuição para a equipa não termina aqui. É ele o retornador de punts, onde a sua rapidez provoca mossa nos adversários.

Todd Gurley, RB (Georgia)

É uma das sensações do ano. Freshman (o equivalente a rookie, na NFL), tem demonstrado uma enorme capacidade no jogo corrido, com dois jogos acima das 100 jardas e 4 touchdowns na sua conta-corrente.

Jarvis Jones, LB (Georgia)

Junior, aparece já destacado como um dos mais palpitantes jogadores na nação. Verdadeiro predador na defesa, produz vários turnovers. Jogou apenas nos dois primeiros jogos, já tendo 3,5 sacks, 1 intercepção, 1 forced fumble e 1 TD retornado.

Keenan Allen, WR (California)

Keenan Allen

Keenan Allen poderá vir a ser a primeira escolha do Draft para Wide Receivers
Fonte Imagem: Ezra Shaw/Getty Images

Que pena que ele jogue numa universidade que ainda procura os seus melhores dias. Allen é um daqueles wide receivers explosivos, com impacto imediato em qualquer equipa. Especialista em rotas curtas e intermédias, usa o seu tamanho e envergadura física (6-2 feet e 215 pounds) para vencer a maioria dos confrontos.

Manti Te’o, ILB (Notre Dame)

Se muitos ainda não o conheciam, devem ter ficado surpreendidos com a sua produção. Neste início de 2012 inteiramente vitorioso para os Irish, Manti Te’o tem sido precioso, poderoso contra o jogo corrido e igualmente válido no ataque ao jogo aéreo. No jogo mais difícil, até à data, ajudou a defesa a parar completamente o ataque de Michigan State, onde pontifica um dos melhores running backs do campeonato, La’Veon Bell. Uma verdadeira máquina de tackles, que despertará a cobiça de muitas equipas profissionais.

Venric Mack, RB (Northwestern)

O júnior dos Wildcats tem vindo a mostrar, em 2012, a sua qualidade, de forma mais consistente e regular. Numa equipa ainda saudosa de Dan Persa, o jogo corrido tem conseguido uma produção consistente, com 3 vitórias seguidas sobre equipas BCS (Syracusa, Vanderbilt e Boston College).

About The Author

Paulo Pereira

O meu epitáfio, um dia mais tarde, poderá dizer: “aqui jaz Paulo Pereira, junkie em futebol americano”. A realidade é mesmo essa. Sou viciado. Renascido em 2008, quando por mero acaso apanhei o Super Bowl dos Steelers/Cardinals, fiz um reset em [quase] todos os meus dogmas. Aquele desporto estranho, jogado de capacete, entranhou-se no meu ADN, assumindo-se como parte integrante da minha personalidade. Adepto dos Vikings por gostar, simplesmente, de jogadores que desafiam os limites. Brett Favre entra nessa categoria: A de MITO.