Power Rankings: NFL 2015 Week 1

João Morão 18 de Setembro de 2015 NFL, Power Rankings Comentários Desligados
NFL Power Rankings

Power Rankings: NFL 2015 Week 1

NFL Power Rankings 2015: Week 1

NFL Power Rankings 2015: Week 1

1º New England Patriots

Vitória frente aos Steelers numa noite muito emotiva tipo New England contra o mundo. Não creio que esta motivação se consiga sustentar ao longo da época pois a carga negativa vai corroer a própria estrutura e dimensão da equipa. No jogo propriamente dito Gronk e Brady deram cartas contra uma defesa adversária de manteiga.

2º Green Bay Packers

Fortes e personalizados sem saudades do Nelson. Uma vitória contra uma surpreendentemente competitiva equipa de Chicago. Assumem-se com a potência da NFC e para a semana contra os Seahawks, de quem são recorrentemente clientes, têm a sua prova dos nove. A-Rod é o maior! Ainda bem que o tenho na minha fantasy!

3º Denver Broncos

Têm uma das melhores defesas da liga. Mas apesar da vitória detestei a exibição de Peyton Manning. Parece que as profecias de desgraça e decadência começam a ter substância. A baixa de forma do QB no final do ano passado já não perece pontual mas estrutural. A confirmar-se vêm aí uma época de pesadelo para Denver. Mais ainda com os cordões do Cap Space a estrangularem a gestão financeira.

4º Dallas Cowboys

Grande drive final de Romo num jogo memorável. Mesmo assim temos que ser honestos: Sobem mais por incompetências dos opositores que por competência própria. Com tantos erros cometidos contra os Giants se tivessem do outro lado uma equipa mais forte o final do jogo tinha sido outro. Destaque sobre humano mesmo, só para Witten. A Week 1 foi dos TE.

5º Arizona Cardinals

Uma vitória sem brilho frente aos Saints escondeu uma equipa competente e bem organizada liderada por Palmer que parece ter finalmente hipóteses de ascender a Warner. Testados por Brees, um dos melhores QB da liga, gostei da forma como a equipa respondeu defensivamente. Matthieu personificou a garra a e determinação. Estou a gostar do grande trabalho de Arians.

6º Cincinnati Bengals

Os grandes vencedores da impossivelmente difícil AFC North.  Verdade que jogaram contra Oakland. Mas se a equipa da Califórnia parecia estar no bom caminho, neste momento apenas parece road-kill e ao volante do carro que os atropelou uns Benglas tipo Mad Max: Furiosos, agressivos, dominantes e incansáveis. Chiça! Até eu fiquei com medo!

7º Indianapolis Colts

A maior desilusão da week 1 num jogo em que foram completamente dominados pelo adversário. As vozes de discórdia entre o General Manager (Grigson) e o Head Coah (Pagano) que já se ouviam antes do jogo devem ter subido muito de tom. Esperemos que não se tornem ensurdecedoras e destruam o enorme potencial que a equipa continua a ter. Luck também tem que fazer mais.

8º Kansas City Chiefs

Aborrecidos…Quem? Pois não me parece. Passing game para Kelce. Charles a partir a loiça toda. Smith um senhor QB que deixa qualquer tipo que vive naquela cidade famosa onde passa a falha de Santo André  e onde está a Golden Gate em lágrimas. Depois uma defesa monstruosa personificada em Houston. Para mim são de longe a equipa mais forte da AFC West. Só não estamos mais acima nestes power rankings pois têm que ter garra e consistência para subir.

9º Buffalo Bills

Queres ver que o Gordo vai mesmo dar a volta aquilo? Quando vi um QB que nem sei quem é meter uma bomba do meio campo para o coxo-homicida completando o passe para TD pensei que tinha acabado de assistir ao terceiro milagre de Fátima. Mas depois lembrei-me que o terceiro milagre de Fatima já tinha sido anunciado e não foi nada tão extraordinário… Em resumo: Uma defesa muito boa numa equipa que não vai conseguir manter a capacidade ofensiva. Esta era a frase feita que eu tinha desenhado, mas depois lembro-me que este ataque esmagou uma das melhores defesas da liga na week 1. Espera lá….

10º San Diego Chargers

Personalizada a exibição de Rivers e eu feliz por ter Allen na Fantasy naquele que para mim é o seu ano de explosão. Mas mais importante que isto tudo foi a boa presença de adeptos no estádio em apoio incondicional à equipa. Esta estranha e rara simbiose que se viveu em San Diego este fim-de-semana é ainda mais relevante numa das alturas mais conturbadas do franchise que quer mudar para LA.

11º Seattle Seahawks

Comprovou-se que o Kam faz muita falta e que a Offensive Line é mais permeável que o exército italiano da segunda guerra mundial e isto afectou e de que maneira o trabalho do Wilson e do running game da equipa. Mas aqui nada de novo. Agora o que eu não gostei mesmo foi do autismo e incapacidade técnica que se sentiu na liderança de Carroll. Uma coisa é assumir e jogar com as fraquezas, outra é dar tiros nos pés. De resto não partilho teses fatalistas pois ainda há muito calendário para preencher e os Seahawks são uma excelente equipa que habitualmente começa mal e mas acaba bem as épocas.

12º Philadelphia Eagles

Muito ao estilo dos Seahawks. Contra uma boa equipa mas mais fraca, falharam em momentos curuciais do jogo. Têm que conseguir segurar vantagens nos ultimos minutos e têm que conseguir finalizar as oportunidades para virar determinantemente o jogo a seu favor. No fatalismos / histerismo que é o circo mediatico da NFL, Chip Kelly ontem endeusado na preseson é agora demonizado na week 1. Eu digo: Os Eagles vão ganhar a disputa da divisão com os cowboys. Aqui são a minha aposta.

13º Pittsburgh Steelers

Muito pouco para tanta promessa. Pior mesmo foi que Green-Ellis mostrou que Bell não fez falta nenhuma e mesmo assim foram uma total desilusão. No ataque a química entre Big Ben e Brown foi em after hours e na defesa assistimos a um filme de terror B estilo o pior que Ed Wood nos deu. Muito mau mesmo. Ridículo também foi depois do jogo a muita conversa e ruído à volta de NE a modos de desculpa. As potenciais e por provar “ilegalidades” dos outros não podem justificar a vossa incompetência. Cortinas de fumo não marcam TD.

14º Carolina Panthers

Ganharam aos Jaguars sem grande brilhantismo e com um Newton em registo de Dejá-Vú. Numa divisão que teima em manter-se a mais fraca da liga fazem jus ao proverbial ditado: “Em terra de cegos. Quem tem um olho é rei” A verdade é que todas as outras equipas da NFC mais uma vez os vão querer apanhar nos playoffs.  Podem ter em Atalanta um rival inesperado. Deus queira que sim.

15º Miami Dolphins

Ganharam aos disfuncionais Redskins. Grande coisa…. Mas mais importante que uma óbvia vitória sobre a mais fraca equipa da NFL é ver que na week 1 todas as equipas da AFC East ganharam os seus jogos. Em resumo foi a única divisão que conseguiu esse feito e vai ser um ano divertido por alí. Aí vai, vai! Apenas acrescentar, também sem novidade, que o Suh apesar de ter mudado de equipa continua a dar pontapés e a pisar jogadores que estão no chão.

16º Detroit Lions

Não vejam aqui fraqueza nem se enganem porque jogaram contra San Diego que este ano tem uma grande equipa. Os Lions fizeram um jogo personalizado e apenas sucumbiram ao calor e à pressão de um adversário forte. O próximo jogo em Minnesota obriga a outro nível concentração, durabilidade e entrega. Negativo “apenas” Stafford para quem os jogos não podem durar apenas 30 minutos.

17º Baltimore Ravens

Para uma equipa que tem como imagem de marca um cunho de dureza, achei-os estranhamente macios. Profética foi a lesão de Suggs que lhe acabou com a temporada especialmente depois de andado a distribuir indiscriminadamente fruta para lesionar outros na pré-temporada. Contra uns Broncos inoperantes no ataque podia ter feito mais. Apesar de ser um jogo que inicialmente era para perder acabam por se associarem a um mau começo.

18º St. Louis Rams

Uma merecida vitória em overtime sobre os Seahawks a saberem aproveitar bem os erros e fraquezas do adversário. Um front seven fabuloso, onde Donald rouba protagonismo a Quinn, esconde muitas deficiências e inconsistências na equipa. A irregularidade de Foles entre o brilho e o desastre anuncia uma época tipo montanha russa. Precisam de mais para combater a previsível regularidade de Arizona.

19º San Francisco 49ers

Tirando a parte de terem um novo head coach que tem mais suor na camisola e na cara que toda a equipa em campo. Tirando o flop que foi a estreia do jogador de rugby convertido em pet mediático. Tirando o facto que o Bowman fez um bom jogo mas nada de sobre-humano (ui quando se lesionou, ouvi em Lisboa o colectivo suspiro californiano). Tirando tudo isto… Conseguiram um jogo cheio de garra e vontade com o apoio incansável de um público 100% entregue à causa. Foi bonito e assustador ao mesmo tempo. Bem o Hyde mas especialmente o Kaepernick a devolver-me o prazer da read-option agora tão maltratada no volátil circo da NFL. Quanto ao play calling e organização de jogo senti-me numa time capsule a ver um jogo dos anos 90.

20º Minnesota Vikings

Entretido a ver o primeiro quarter do jogo parte cheia de erro de parte a parte, pensei para comigo: “afinal na NFL também há jogo de “início de época” onde a falta de ritmo leva a que se cometem asneiras impensáveis”. Mas com o desenrolar do jogo e quando os 49ers com movimentos seguros mas primarios comecaram a adiantar-se no marcador foi visivel o descalabro Vikings. Foi tudo tão mau (Petersen!?) que apenas merece ser referido o que para mim foi o único ponto positivo na equipa: Gostei da maturidade e calma do Bridgewater no meio da hecatombe geral. Emanou tranquilidade e regularidade.

21º New York Jets

Boa jogatana baseados num bom ataque com TD para todo o gosto e muito bem liderados pelo barbudo Fitzpatrick. Depois a defesa é sólida, mas isso já sabíamos. Em contraponto ganharam aos Browns que não é muito difícil. Apesar de continuar a achar que são um projecto em construção o meu subconsciente fica mais descansado por este ano não apanhar com eles a jogar contra os meus Hawks. Isto é: A não ser que os Jets consigam chegar este ano ao Superbowl. Aí podemos encontrar-nos!

22º Atlanta Falcons

Quem têm um bom ataque com um QB (Ryan) e um WO (Jones) de elite que valem em média mais de 20 pontos por jogo já todos sabíamos. Mas o jogo não foi ganho aqui. A aposta no antigo DC de Seattle Dan Quinn é que já se fez sentir. Foi com um defesa agressiva e dedicada (imatura ainda, verdade) que ganharam o jogo. Se conseguem consolidar-se como equipa podem ser uma caso sério e estes sim limpar facilmente a NFC South. Longe vão os tempos das sandálias do Mike Smith.

23º Houston Texans

JJ WATT & the Heartbreakers. JJ WATT & the Uncapables. JJ WATT & the Weaksides. JJ Watt & the Impostors. Querem arranjar mais nomes para a banda? Aceito sugestões. Help Please! PS: O “Help Please” foi uma citação do JJ Watt na entrevista de fim do jogo.

24º Tennessee Titans

Quem é que percebe de Futebol Americano? Quem é? Eu digo-vos: Sou eu! Vejam o meu mock draft antes do draft e vejam quem é que eu coloquei como first pick. Mariota!!! Pois é!!!!  Alô Alô Tampa: Querem-me contratar para scout para o draft 2016? É que vocês estão com pinta de conseguirem o primeiro pick do draft outra vez!

25º Chicago Bears

Pena quando uma boa equipa com um RB estrela tem um QB tão fraquinho. Cutler é o exemplo que dá razão ao Bennett quando se queixava na pré-temporada que se estão a pagar balúrdios por QB fracos ou medianos e isso afecta e de que maneira a construção das equipas.

26º New Orleans Saints

Foi uma equipa que apesar da esperada derrota frente aos Cardinals me surpreendeu pela positiva. Além do hino ao bom futebol que é o Brees, gostei da profundidade dos Wide Outs e da voluntariedade dos Defensive Backs. A reconstrução está a assentar bem em Nova Orleães e numa divisão muita fraca, são um contender que os Panthers e Falcons têm que ter em conta.

27º New York Giants

Estou zangado com o Giants. Ninguém perde um jogo assim (Ninguém excepto Green Bay que no ano passado na final da NFC foi a ainda pior). Estou como o Metro de Lisboa: De greve e não escrevo nada mais. A sério… Não se faz.

28 º Oakland Raiders

Completamente atropelados pelos Bengals. Pareciam o Bambi desorientado no meio da A5 com a auto-estrada cheia de tias bêbadas a voltar a casa nos BMW a 300Km depois de mais uma festa da M80 no Jezebel. Como o Carr saiu vou-lhes dar o benefício da dúvida. Quero acreditar que conseguem fazer melhor. Vamos ver…

29º Jacksonville Jaguars

Num sítio espectacular para passar férias… Num estádio onde se podem ver jogos dentro da piscina… Num franchise que tem menos gente nas bancadas a ver o jogo que a fazer tailgating para os copos… Com um chefe macio, compreensivo e porreiro como o Khan… Com tudo isto eu só tenho uma pergunta: Arranja-se para aí tacho para mim? Pode ser assistente de balneário da equipa adversária! Tenho a certeza que aqui tenho muito menos trabalho do que em New England.

30º Cleveland Browns

O problema do Manziel é que está a ter mais opostunidades do que aquelas que efectivamente devia ter. Se jogasse menos aguentava o mito um bocado mais de tempo. Mas se o metem a jogar todas as semanas para o ano está arrumado. É um exemplo claro de quando a realidade apanha e destrói a ficção.

31º Tampa Bay Buccaneers

Tão fraquinho que a ver o jogo até eu assobiei para dentro de campo. Apanhei-me a gritar: “ Vai-te embora ó coxo”. Depois a raiva foi-se esmorecendo e quando os Titans de barriga cheia (!) do alto da sua vantagem de 40 pontos os começaram a deixar pontuar… Tive pena e sejamos honestos: Pena é um sentimento ainda mais baixo que raiva.

32º Washington Redskins

Parecem uma equipa de segunda divisão. Nem a vatagem de jogar no Fed Ex parecem conseguir capitalizar. Se me queixei da leveza de Khan, aqui queixo-me da disfuncionalidade de Daniel Snyder quanto a mim o grande culpado do estado actual das coisas.

About The Author

João Morão

As causas são múltiplas: Primeiro em 1998 colocado pela minha empresa na Alemanha, passei alguns fins-de-semana a jogar flag futebol numa base militar americana maioritariamente com a boa gente de Seattle. Desta altura vem o gosto. Depois em 2005 em Jackson Hole (Wyoming) assisti em directo à transmissão do Super Bowl XL dos meus Seahawks contra os Steelers. Foi um jogo de má memória e de pior arbitragem que me deixou um amargo permitido apenas pela perda de algo de que gostamos muito. Desta altura vem a militância. Finalmente: A desilusão e desgaste causado pelas assimetrias, manobras, golpadas e falta de fair-play do soccer, viraram-me definitivamente para um desporto mais justo, mais sério, mais competitivo, mais brutal (é certo), mas de maior entrega e de incomparavelmente maior emoção: O Futebol Americano. Nas horas “vagas” sou pai de 4 filhos (Um deles é dos Giants vai-se lá saber porquê!?).