New York Giants: Análise de Calendário 2013

Paulo Pereira 11 de Julho de 2013 Artigos, Equipas NFL, NFL Comments

New York Giants: Análise de Calendário 2013

Podem já não ser os defensores do ceptro do Super Bowl, honoraria perdida para os Baltimore Ravens. Até podem nem ter ido aos playoffs, em 2012. Mas os New York Giants continuarão a merecer o mediatismo da NFL, com vários jogos transmitidos para audiência nacional. São precisamente 5 partidas, mostrando a força do mercado nova-iorquino.

Tudo começa na semana 1. Essa mesmo. A que está marcada no calendário de parede de milhões de fãs, que anseiam por esse momento emblemático. A semana 1 tem vários jogos interessantes. Um Broncos x Ravens, emulando a caminhada da equipa de Baltimore para o SB, do ano passado. Um novo duelo entre 49ers x Packers. Mas, convenhamos, um confronto divisional entre duas franquias que se odeiam, inimigas figadais, é sempre um aperitivo saboroso. Um Cowboys x Giants, no Domingo à noite, é a melhor forma de abrir as hostilidades, na divisão. Encerrado esse capítulo da rivalidade doentia, o jogo da semana 2 não lhe fica atrás, em termos de interesse mediático. Nova Iorque. Eli Manning na equipa da casa. Peyton Manning, o irmão mais velho, na equipa visitante. Uma Manning Bowl na semana 2? Iupiiii. Nós, os fãs, somos uns felizardos, sempre dispostos a receber estas dádivas.

Os Giants, sempre com um calendário que rivaliza com os mais difíceis, embarcam depois numa road trip. Param, primeiro, no estado da Carolina, para defrontar uns Panthers sempre complicados. Depois seguem em direcção a Kansas, para jogarem contra uns Chiefs que têm novo timoneiro. Andy Reid, ex-técnico dos Eagles, conhece de ginjeira o adversário. Defrontou-o, duas vezes por ano, durante mais de uma década. Segredos? Não. Será um embate cerebral, com Coughlin a tentar derrotar Reid, num épico duelo sem vencedor antecipado. Estes Chiefs não serão o bombo da festa de 2012.

Estafados da viagem, os Giants regressam à metrópole que nunca dorme. A imprensa especializada, com uma força e pressão tremendas na cidade, terá já dissecado este início de calendário. A recepção aos Eagles, em novo embate divisional, terá drama e tensão suplementar, dependendo do recorde que a equipa apresente. O confronto, mais um de enorme rivalidade, será o primeiro contra os Eagles de Chip Kelly, o inovador técnico de Oregon que, agora, está na alta-roda do profissionalismo. Após os Eagles, os Giants defrontam em semanas consecutivas rivais da NFC North, algo que acontece apenas de 4 em 4 anos, naqueles casamentos de conveniência do calendário. Primeiro, os Bears. Em primetime. Em Chicago, com previsível frio a atormentar os jogadores. O jogo serve igualmente para aferir a veracidade do que escrevi acima. Lembram-se? Calendário difícil? Pois. Oa Bears não foram aos playoffs, em 2012, tal como os Giants. Mas podem-se queixar da sorte. Terminar uma temporada dura com 10-6 e, mesmo assim, ficar a assistir pela TV à postseason, é inglório. Qualidade a equipa tem. Técnico novo idem, vindo da CFL, a competição similar à NFL, mas do Canadá. Despachados os Bears, os Giants regressam a casa, mas trazem companhia. Os Vikings. E, com ele, um dos mais empolgantes jogadores da actualidade. Adrian Peterson. Logicamente, as câmaras de televisão sentem-se atraídas pelo embate. Novo jogo em horário nobre. Novo rolar de dados, quanto ao putativo vencedor. Estamos na semana 7. Na seguinte, curta deslocação. Até Filadélfia, arrumando o duelo particular com os Eagles. Finalmente, bem a meio da temporada, aparece a bye week, necessária para retemperar forças e recuperar lesões. Pode ser um ponto de viragem na época, caso as coisas estejam a correr mal. É que depois, entramos em Novembro…

Novembro que, por caprichos do calendário, colocou os Giants a morar em exclusivo no seu sofisticado estádio. Três jogos consecutivos caseiros, que podem alavancar a equipa na classificação. Primeiro, os Raiders, imersos em profunda remodelação, assumindo-se como o mais fraco (teoricamente) opositor dos Giants, em 2013. Depois destes, um adversário nos antípodas do grau de dificuldade. Os Packers. Duelo esperado entre Manning e Aaron Rodgers, para ver quem é coroado como o rei dos ares. Não faltam motivos de excitação na Big Apple, sempre com o seu sentido de espectáculo apurado. Aos Packers sucedem os Cowboys. Pode chover a cântaros. Nevar de forma agreste. Cair uma tempestade assustadora na região. O estádio estará cheio, com aqueles fãs hardcore, que preferem partir uma perna a perder para o odiado rival.

Por falar em inimigos figadais, a semana 13, no dia 1 de Dezembro, oferece um presente de Natal antecipado. Transmitido pela TV, claro, a ida dos Giants à capital do império. Um duelo particular e emocionante com os Redskins de Mike Shanahan e Robert Griffin III, detentores do título de divisão. É a altura crucial do ano, com a temporada regular a aproximar-se do seu final e cada jogo a ter uma importância acrescida. Seguem-se os Chargers (fora), os Seahawks (casa), os Lions (fora) e, finalmente, na última semana, os Redskins, em casa. Pode ser um déja-vu, como em 2012. Ou 2011. O jogo final representou sempre um embate entre equipas da mesma divisão. E sempre decisivo, dando o passaporte para a fase seguinte. Em 2011, os Giants derrotaram os Cowboys, numa dramática partida, conseguindo seguir em frente. Acabaram por vencer a prova. Em 2012, novamente os Cowboys, na última semana, a decidirem o seu destino. Frente aos Redskins. RG3 venceu. Os playoffs foram uma realidade. E em 2013? Como sera?

O calendário dos Giants é, num cenário hipotético, ligeiramente mais fácil do que o de 2012, com picos iniciais e finais de elevada importância. Os Giants terão 3, dos 4 primeiros jogos, fora de casa, num início tremendo e que pode marcar o resto da temporada. Mas também terão, logo após a bye week, 3 jogos consecutivos perante os seus adeptos, permitindo alguma correcção ao rumo.

Finalmente, terminam a regular season defrontando os Redskins duas vezes, num espaço de cinco semanas. Pelo meio um jogo frente à equipa de Seattle, reforçada em talento e potencial candidata ao Super Bowl. Uma coisa é certa. Não faltarão jogos de qualidade, com o MetLife Stadium a ser o epicentro de alguns dos mais entusiasmantes. Não sei quanto custará um bilhete anual para ver os Giants, mas o preço a pagar vale a pena. Basta contar pelos dedos: Broncos (Peyton Manning e Wes Welker, não esquecendo Von Miller), Cowboys (Romo, Dez Bryant, DeMarcus Ware, DeMarco Murray), Eagles (Vick, DeSean Jackson, LeSean McCoy), Packers (Aaron Rodgers, James Jones, Jordy Nelson, Clay Matthews), Vikings (Adrian Peterson, Jared Allen, Chad Greenway, Greg Jennings) e Seahawks (Russel Wilson, Marshawn Lynch, Richard Sherman, Earl Thomas, Cliff Avril)

Giants Regular Season Schedule

  • Week 1: Sunday, Sept. 8, at Dallas, 8:30 p.m.
  • Week 2: Sunday, Sept. 15, Denver, 4:25 p.m.
  • Week 3: Sunday, Sept. 22, at Carolina, 1 p.m.
  • Week 4: Sunday, Sept. 29, at Kansas City, 1 p.m.
  • Week 5: Sunday, Oct. 6, Philadelphia, 1 p.m.
  • Week 6: Thursday, Oct. 10, at Chicago, 8:25 p.m.
  • Week 7: Monday, Oct. 21, Minnesota, 8:30 p.m.
  • Week 8: Sunday, Oct. 27, at Philadelphia, 1 p.m.
  • Week 9: BYE
  • Week 10: Sunday, Nov. 10, Oakland, 1 p.m.
  • Week 11: Sunday, Nov. 17, Green Bay, 8:30 p.m.
  • Week 12: Sunday, Nov. 24, Dallas, 4:25 p.m.
  • Week 13: Sunday, Dec. 1, at Washington, 8:30 p.m.
  • Week 14: Sunday, Dec. 8, at San Diego, 4:25 p.m.
  • Week 15: Sunday, Dec. 15, Seattle, 1 p.m.
  • Week 16: Sunday, Dec. 22, at Detroit, 4:05 p.m.
  • Week 17: Sunday, Dec. 29, Washington, 1:00 p.m.

(horário local)

About The Author

Paulo Pereira

O meu epitáfio, um dia mais tarde, poderá dizer: “aqui jaz Paulo Pereira, junkie em futebol americano”. A realidade é mesmo essa. Sou viciado. Renascido em 2008, quando por mero acaso apanhei o Super Bowl dos Steelers/Cardinals, fiz um reset em [quase] todos os meus dogmas. Aquele desporto estranho, jogado de capacete, entranhou-se no meu ADN, assumindo-se como parte integrante da minha personalidade. Adepto dos Vikings por gostar, simplesmente, de jogadores que desafiam os limites. Brett Favre entra nessa categoria: A de MITO.